"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


05 setembro 2010

Nosso lar, o filme - eu fui!!


Ontem, depois de meses aguardando, finalmente pude sentar na poltrona do cinema e contemplar o filme Nosso Lar, baseado no livro homômino, de autoria de Chico Xavier.

Indo direto ao ponto e sem firulas, devo dizer que a espera valeu, e muito, pois o filme tem uma produção de primeira e nos remete fielmente ao Nosso Lar descrito no livro.

Os diálogos são bem claros e os atores estão ótimos em seus papéis, o filme transporta com maestria a leveza do ambiente da cidade espiritual e também as emoções dos personagens ali atuantes. Com efeitos especiais bem avançados para o cinema brasileiro, Nosso Lar é um marco nesse quesito, a cidade foi totalmente cararterizada com ajuda de computação gráfica e o resultado ficou muito satisfatório, muito embora o telespectador consiga perceber claramente o uso dos efeitos em algumas cenas, o que de modo algum compromete o filme. Particularmente falando, ainda no quesito efeitos especiais, devo dizer que ainda estou impressionado com a parte que mostra o umbral, conseguiram transportar os momentos de aflição e sofrimento de André ali com perfeição, mostrando um ambiente sombrio e tenebroso que beira o realismo e que nos faz pensar em nunca querer vivenciar aquele momento um dia.

O filme também transmite muito bem a mensagem que o livro nos passa e não deixa nada a desejar nesse ponto, fazendo o telespectador refletir bastante sobre a vida e nossos atos ao longo de nossa existência.

Outro ponto fortíssimo é o som, a cargo de ninguém menos que o premiado compositor amaricano Philip Glass, que fez um trabalho estupendo e nos proporciona um prazer redobrado ao assistir o filme. Por isso mesmo, eu recomendaria fortemente a ida ao cinema para ver o filme ou, se possível, assistir com uma ajudinha de um home theater de boa qualidade, muito embora nem de longe isso seja requesito para ver o filme, pois o que importa é a mensagem que o mesmo passa.


Nem tudo são flores


Realmente o filme vale a pena e nos deixa com aquele gostinho de quero mais no final, mas nem tudo agrada aos olhos e ouvidos de uma pessoa mais atenta. Como disse, os diálogos são claros e cumprem seu papel, o que é ponto positivo para o filme, mas em alguns momentos as falas saem muito arrastatas e leves demais, dando um tom meio artificial e muito certinho aos nossos ouvidos.

Como já citei acima, os efeitos especiais empregados no filme também não escapam dos problemas e em alguns momentos percebemos claramente a diferença de que é e o que não é real na tela, como em algumas cenas de caminhadas com elementos da cidade ao fundo, mostrando claramente que o ator está atuando em frente a alguma tela dessas com fundo azul que depois são aplicados o que se quer ali.

Mas são coisas que não estragam em nada o andamento do filme e as vezes podem passar desapercebidas pelo telespectador, pois o roteiro de Nosso Lar é bem amarrado e no fim nos ligamos mais nos acontecimentos do que nos detalhes de produção.


Poderia ficar aqui por um bom tempo escrevendo sobre o filme, mas, como já se diz a tempos, a imagem vale mais que mil palavras e por isso recomendo fortemente que você vá, sendo espírita ou não, assistir o filme, pois a mensagem do mesmo é universal, a produção é bacana, o ingresso vale cada centavo e você de modo algum vai perder viagem, muito menos tempo.

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