"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


19 setembro 2016

Mochileiros da evolução



A nossa jornada da vida muitas vezes parece penosa, com mais obstáculos do que deveria e de certa forma cansativa em alguns pontos.

No entanto, será que isso se deve ao caminho que percorremos, à nós mesmos ou a ambas a situações? Pois bem, tudo isso ao mesmo tempo e para entender melhor, vamos pensar numa viagem como mochileiros em paralelo com algumas questões do Livros do Espírito, de Allan Kardec.

Quando nos tornamos individualizações do pensamento do Criador, iniciamos nossa jornada evolutiva com todo o equipamento e conhecimento necessário (questão 621/LE) para avançar nos caminhos do universos.

Durante esse caminhar, acabamos por nos maravilhar com a paisagem pela qual passamos, e naturalmente, pensamos em levar algo daquele lugar além da experiência vivenciada. Assim, pegamos uma lembrança e colocamos em nossa mochila.

Continuamos a caminhar e a cada local que nos impressiona os sentidos vamos colocando mais uma lembrança dentro de nossa mochila. “Essa pedrinha me faz lembrar de tal lugar. Já esse pedaço de galho me remete à tal paisagem”.

Porém, chegamos num ponto em que a mochila parece pesada e os passos ficam lentos e cansativos. É neste momento em que começamos a repensar algumas de nossas prioridades, buscando alinhar nossa conduta como as regras a que estamos submetidos no caminho, não mais nos revoltando com a ordem natural, mas sim aprendendo a lidar com ela da melhor maneira possível (630/LE).

Vemos que talvez aquela pedra não seria tão necessária permanecer com a gente e aquele pedaço de galho pode muito bem ser representado pela nossa experiência de vida. Aí então nos recordamos do objetivo de nossa jornada (132/LE) e acabamos por nos livrar de certas coisas desnecessárias para prosseguir a viagem.

Descobrimos que todo o necessário para sobreviver e concluir nossa jornada já estava dentro de sua mochila desde o começo (619/LE), faltava saber usar adequadamente ao ambiente. Assim, começa o progresso novamente, mostrando indícios de um caminhar mais leve, antevendo que cada passo da jornada não é um ponto isolado de seu objetivo final, mas sim uma etapa necessária dentro de um planejamento maior que interliga e dá o pano de fundo a toda a caminhada (918/LE).

Com isso percebemos que a nossa vida não é composta por sucessivas encarnações e desencarnações, mas unicamente pela imortalidade de um ser único que engloba as passagens entre os diversos planos de manifestação da vida como modo de aprendizado evolutivo, assim como o mochileiro que não deixa de percorrer seu caminho principal, embora na sucessão dos dias passe por lugares diferentes (222/LE)
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REFERÊNCIAS
Livro dos Espíritos, questão 132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?
“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da Criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

619. A todos os homens facultou Deus os meios de conhecerem sua Lei?
“Todos podem conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a investigá-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue.”

621. Onde está escrita a Lei de Deus?
“Na consciência.”

630. Como se pode distinguir o bem do mal?“O bem é tudo o que é conforme a Lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”

918. Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?
“O Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da Lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.”

30 julho 2016

Imortalidade consciente



Pensemos em nossa vida de seres criados por Deus como se fosse o desenrolar dos dias. Existe uma sucessão de fatos em ordem cronológica que produz desdobramentos lógicos futuros, no entanto, essas ações estão relacionadas a escolhas presentes, porém, embasadas em vivências passadas, pois a experiência só se consolida após o acontecimento. 

Contudo, no decorrer da sucessão de fatos, novas escolhas são feitas e podem alterar as predições futuras, já que essas não se concretizaram ainda. Essas escolhas também geram experiências que se somam as anteriores, formando novas conexões, reformulando o nosso passado no sentido de expressá-lo, porém sem alterá-lo em sua forma fatídica.

Dessa forma, chegamos a um complexo mecanismo espaço-temporal, em que o ser tem a sua frente um presente que permeia o passado e futuro, sendo que as delimitações cronológicas ficam retidas às ações fatídicas, no entanto, a ressignificação desses contextos é reformulada a cada nova vivência do ser.

Com isso, as fronteiras entre passado, presente e futuro se diluem se pensadas numa dimensão não linear, pois as interações entre esses tempos acontecem de forma incessante, e na atualidade. Assim, podemos dizer que a continuidade ou descontinuidade do espaço e tempo vai depender de como estamos olhando para nossa vida, se isso é de forma fragmentada ou integral.

Essa noção de rompimento de fronteiras traz implicações de grande ordem na existência, pois se estou olhando de forma fragmentada há a tendência de observar os fatos de modo mais determinista e localizado, no entanto se vejo de maneira integral a visão se amplia e se capacita a um entendimento de contexto universal.

Assim, na primeira visão temos um esquema divisional da vida, uma imortalidade inconsciente, já que ela fica subentendida pelas etapas e restrita pelo fenômeno da morte. Já na segunda, o conceito de imortalidade é vivido na forma mais pungente, pois a expressão do ser não se limita nas etapas fatídicas, mas se erradia e interpenetra entre esses contexto, produzindo a consciência da continuidade da vida, não importando a localidade espaço temporal em que o ser de encontra, pois se o fluxo de vida do ser é contínuo o deslocamento cronológico ou espacial é que se inserem neste contexto e não a consciência que se enquadra nessas delimitações. 

Há então o conceito da naturalidade da reencarnação.

18 abril 2016

Encontro Espírita da AFA está com inscrições abertas



O Grupo Espírita Irmão Gabriel em parceria com a Academia da Força Aérea (AFA) promoverá o V Encontro Espírita da AFA e GEIG. O evento que acontece nos dias 11 e 12 de junho em Pirassununga traz uma programação com o tema geral: “Família e a nova Terra. O amor como sustentáculo”.

A partir deste tema central haverá diversas atividades elucidativas como palestras e uma mesa de reflexões. No entanto, além disso, também haverá apresentações musicais, lanche, almoço e visita a estandes diversos.

Os convidados deste ano são: Alzira Bessa, André Peixinho, César Perri, Claudio Sinotti, Allan Vilches, Agnaldo Paviani, Emanuel Cristiano, Margarete Áquila e Moacyr Camargo.

Para participar é necessário fazer a inscrição no site www.encontroespiritaafa.com.br. O valor é de R$ 60, incluindo os lanches e o almoço que serão servidos no evento. Vale lembrar que no site você também pode conferir a programação completa, um breve histórico de cada palestrante e tirar dúvidas a respeito do evento.

Programação

11 de Junho (Sábado – das 13h às 20h30)
1ª Palestra: Alzira Bessa        
2ª Palestra: César Perri
3ª Palestra: Cláudio Sinotti
Apresentação Musical: Tenor - André Vilches
  
12 de Junho (Domingo – das 7h às 16h)
4ª Palestra: Margarete Áquila
5ª Palestra: André Peixinho  
6ª Palestra: Agnaldo Paviani 
Mesa de Reflexões Peixinho//Margarete//Paviani//Perri
7ª Palestra: Emanuel Cristiano 

*Moacyr Camargo apresentará músicas durante o período dos lanches e confraternização, tanto no sábado quanto domingo