"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


30 maio 2009

Allan Kardec e Chico Xavier: o mesmo espírito?

Mistificação ou revelação? O que realmente está por trás da polêmica sobre a possível reencarnação de Alan Kardec como Chico Xavier?

No dia 30 de junho de 2002, em que o Brasil comemorava o pentacampeonato de futebol, com a mesma discrição que viveu, Chico Xavier aproveitava o ensejo para deixar o corpo. Muito se tem falado desde então sobre ele ser a possível reencarnação de Allan Kardec. O livro “Na próxima dimensão”, do Espírito Inácio Ferreira, pelo médium Carlos Baccelli, lançado cerca de seis meses após a passagem de Chico revelaria entre outras coisas a verdadeira identidade espiritual do médium de Pedro Leopoldo como sendo a reencarnação do Codificador. O livro descreve inclusive o que se deu no funeral de Chico no plano espiritual. Mas o que isso tem realmente de importante? Chico precisaria de mais essa láurea? O que importa de fato não é a mensagem e não o nome? Porque então polemizar sobre esse tema?
Vários espíritas de renome sustentam essa hipótese reencarnatória de forma veemente. Entre eles o próprio Baccelli, que teria recebido um livro do próprio espírito do Chico, e Marlene Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita Brasileira. Não que isso seja ruim. Mas um movimento já tão cheio de problemas de direção não precisa de mais uma contenda fratricida entre adeptos deste ou daquele ponto de vista particular, uma vez que se cria uma celeuma em que falatórios e omissões sobre o tema ocorrem de todas as partes. Eu, pessoalmente, não acho impossível Chico ter sido Kardec. Ao contrário, vejo até com alguma naturalidade. O próprio Kardec, em ‘Obras Póstumas’ descreve no item ‘Minha volta’, na Parte Segunda a respeito de sua próxima reencarnação, ao que o Espírito Verdade responde: ‘Não permanecerás longo tempo entre nós. Terás que volver à Terra para concluir a tua missão, que não podes terminar nesta existência. Se fosse possível, absolutamente não sairias daí; mas, é preciso que se cumpra a lei da Natureza. Ausentar-te-ás por alguns anos e, quando voltares, será em condições que te permitam trabalhar desde cedo (...)”. Na nota de Kardec a que se segue dessa resposta encontramos: “Calculando aproximadamente a duração dos trabalhos que ainda tenho de fazer e levando em conta o tempo da minha ausência e os anos da infância e da juventude, até à idade em que um homem pode desempenhar no mundo um papel, a minha volta deverá ser forçosamente no fim deste século ou no princípio do outro”(fim do século XIX ou início do século XX). Ou seja, pelas informações passadas pelo próprio Kardec, ele já teria voltado. As datas, o compromisso com o trabalho desde cedo e a continuidade ao trabalho da Codificação aponta para Chico como sendo Allan Kardec redivivo. As diferenças de personalidade que alguns apontam como pontos contrários a esta tese não se sustentam, ambos eram austeros quando necessários, e expunham a Doutrina com clareza e com erudição. Como fruto do meio, o homem não pode ser o mesmo em meios diferentes, ainda que seu espírito sobrepuje a matéria frágil que lhe dê forma mas se manifeste diferentemente.
A questão é que não recebemos confirmação nenhuma dessas informações por médiuns diferentes e nem mesmo do paradeiro de Chico no mundo espiritual. E qualquer defesa ou atestado de exclusividade do contato com Chico falaria contra o caráter geral de toda informação, que deve passar pelo crivo da razão e ser sancionada por médiuns diferentes em diferentes partes. Não estou julgando médium algum, mas na tentativa de nos mantermos livres de aceitar uma mentira, é melhor sermos precavidos contra informações extravagantes. Existe também a história de um código que Chico teria deixado a três pessoas – ao filho adotivo, a um médico e a uma amiga – que confirmaria mensagens enviadas por ele.
O próprio Congresso Espírita Brasileiro a ser realizado em Brasília no ano que vem, organizado pela FEB, e que tem como tema o centenário de Chico Xavier, tem uma de suas mesas sobre a privacidade espiritual de Chico. Fico pensando se não haverá nenhuma pressão sobre os médiuns para receberem alguma mensagem do Chico no Congresso... Aliás, a última manifestação de Kardec, na sede da FEB, foi em 1904, seis anos antes do nascimento de Xavier. Desde então não se houve mais notícias de manifestações do mestre lionês.
Pra mim, o que fica de toda essa história é a necessidade de sermos pacientes e analisarmos as coisas com parcimônia. Não podemos ser crédulos ou ingênuos a ponto de aceitar qualquer suposta verdade. O trabalho e a mensagem de Kardec e Chico são realmente superponíveis, do maior valor doutrinário que dispomos e do qual devemos zelar incondicionalmente. A seu tempo as informações chegarão a nós e poderemos ajuizar melhor o belo e misterioso desígnio de Deus para esses – ou esse – espírito. Aliás, o próprio Chico já havia confirmado em várias entrevistas que ele e Emmanuel tinham um compromisso de três séculos com o Espiritismo.
Não estaremos desamparados, graças a Deus...

Bibliografia
1. Obras Póstumas. Allan Kardec. Editora FEB
2. Na próxima dimensão. Inácio Ferreira (Espírito), psicografado por Carlos Baccelli. Editora Didier
3. Encontros no tempo. Chico Xavier/ Emmanuel. Coletânea de entrevistas e reportagens com Chico Xavier. Editora IDE

DVD Pinga-Fogo com Chico Xavier

Um registro histórico do Espiritismo na TV brasileira com o que ele tem de melhor

A caixa com DVDs que compreende os dois programas Pinga-Fogo da TV Tupi no ano de 1971, em que Chico Xavier foi o entrevistado da noite, é um item primoroso, com dois longos e importantes episódios. O primeiro programa, que era previsto para durar 1 hora, se estendeu por mais de 4, cópias do mesmo rodaram o país inteiro e o Pinga-Fogo acabou por prestar um dos maiores serviços ao Espiritismo no Brasil, divulgando o que a Doutrina tem de mais valioso, com a clareza e a postura de Chico Xavier, representante inesquecível do Espiritismo no Brasil em todos os tempos. A FEB lançou há algum tempo um box com DVDs com o o título “Isto é Espiritismo”, que além de vídeos de divulgação produzidos pela própria Federação, também trazia os dois programas, dado seu alto valor doutrinário.
O primeiro programa traz em sua abertura um breve resumo histórico da vida e da produção do Chico, que àquela época contava já com mais de 100 títulos publicados (condição de Emmanuel para que Chico fosse até a televisão), seguida por um comovente e humilde agradecimento de Chico, sobretudo pela assistência de Emmanuel, que se faria presente por todo o programa – Marcel Souto Maior em seu livro refere que Chico teria dito a alguns amigos próximos que ficara em transe quase o programa todo, não se lembrando de quase nada de seu conteúdo.
E olhe que foram horas a fio de palavra edificante e consoladora. Chico falou sobre sua produção, sobre a vida no plano espiritual, resgates cármicos, suicídio e fez humor também, como na hilária história do avião, que pode inclusive ser vista no Youtube. O vídeo dispensa palavras, deve ser visto e ponto. As imagens e sons muitas vezes sofrem distorções, ficam congelados, e mesmo assim alguns trechos não foram recuperados e a qualidade do vídeo como um todo pode ser considerada média ( a qualidade do segundo programa é melhor e mais estável). Mas o fator histórico e espiritual vale o investimento.
O simples fato de termos Chico no programa já é suficiente. Um médium experiente, com uma produção de importância difícil de ser medida tamanha sua grandeza e, sobretudo, com uma prática cristã irrepreensível por quem quer que seja. Mas além disso, o caráter didático do programa o faz adequado tanto a não-espíritas, que podem apreciar o que de fato é Espiritismo, quanto aos iniciantes ou aos mais graduados, em que Xavier aprofunda questões científicas e filosóficas com grande maestria.
O segundo programa, igualmente importante, pareceu-me um pouco mais formal, sem a mesma espontaneidade do primeiro, dada a própria repercussão que o Pinga-Fogo, mais respeitado programa de entrevistas da época, teve ao trazer Chico diante de suas câmeras. Mas trata-se indubitavelmente de um vídeo da maior importância a todos que desejam beber dessa fonte farta de consolos e sabedoria que é o Espiritismo. Entre os entrevistadores constam entre outros Herculano Pires, Hernani Guimarães Andrade e Reali Júnior.
O DVD ainda traz alguns extras que complementam informações sobre a importância desses dois Pinga-Fogo à época.

27 maio 2009

Nada de coitadinho

Li o texto abaixo lá no Saindo da Matrix e resolvi postar aqui, pois vale a pena. Apesar de já estar "roubando" o texto do site citado, ele tem origem mesmo é do Jornal Espírita de Setembro de 2007.


Nascido em Ituiutaba (MG)a vida do médium Jerônimo Mendonça (1939-1989) foi um exemplo de superação de limites. Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatóide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas pelo Brasil afora, para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado "O Gigante Deitado" pelos amigos e pela imprensa. Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou. Uma hemorragia acentuada, das vias urinárias, o acometeu. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar. - Doutor, será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba, para despedir-se de Chico Xavier? Eles são muitos amigos.- Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho. Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco. Quando chegaram a Uberaba, estava vermelho, tinto de sangue. Chegaram à Comunhão Espírita, onde o Chico trabalhava então. Naquela hora ele não estava, participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando o pão e o evangelho aos pobres e doentes. Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue disse o Chico:- Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! Vamos todos dar uma beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não "despetalar". Um a um os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome, permanecendo assim por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou. Ele que, fraco, havia ido ali se despedir, para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica, a pedido de Chico, e em seguida veio a explicação:- Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo?- Não, Chico.- Foi porque você aceitou o "coitadinho". Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... Você desenvolveu a autopiedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante, Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você. Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras, ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios. Sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia "fatal". Venceu o "coitadinho". Que essa história nos seja um exemplo, para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de autopiedade e esmorecimento.

23 maio 2009

Trinta anos com Chico Xavier

Um retrato emocionante e vívido da gloriosa mediunidade de um apóstolo verdadeiro do Bem.

Mal posso descrever a minha sensação ao terminar a leitura do livro “Trinta anos com Chico Xavier”, de Clóvis Tavares, editora IDE. O livro transborda em suas páginas amor e admiração a Chico Xavier, sempre dentro da autenticidade de seu caráter que todos, espíritas ou não, aprendemos a respeitar e a cultivar esses mesmos sentimentos de gratidão a tudo o que esse elevado intermediários dos Céus nos deu.
È um relato pessoal de Clóvis Tavares sobre sua amizade com Chico. Ele descreve de forma fascinante, em um texto elegante, misturando grande erudição com a simplicidade própria dos corações que muito amam e escrevem com a mesma naturalidade que sentem, como conheceu o médium, pelas páginas de “Parnaso de Além Túmulo” e como veio depois de algum tempo a pessoalmente ter o prazer de assisti-lo ao vivo no Rio de Janeiro. E seguem-se relatos autênticos de anos maravilhosos, com fatos autênticos da mediunidade de Chico Xavier, que sempre surpreendem o leitor, ora pelo insólito, ora pela mensagem desconcertante trazida de mais Além, sempre iluminando e esclarecendo.
Tudo é escrito de forma muito criteriosa pelo autor, totalmente implicado com os fatos, com respeito a acontecimentos e pessoas, e a leitura é mesmo muito agradável, trazendo lições inesquecíveis de um trabalhador altamente consciente de sua missão, simples e fiel a doutrina que desposou, infatigável e quase inabalável. Quase, a dimensão humana de Chico, enquanto criatura encarnada é muito valorizada. Embora um mito, Chico foi antes um homem, que pela sua conduta e trabalho fez-se brilhar mais alto, ajudando a dissipar as trevas do mundo. Há ainda em muitos capítulos transcrições de poesias, textos familiares e instrutivos de diversos comunicantes, aumentando ainda mais a atração pelo livro. Momentos como da visita de Pietro Ubaldi ao Brasil ou da confecção da famosa pintura mediúnica de Emmanuel são descritos no livro, que traz ao final pequeno índice fotográfico.
Trata-se de um livro maravilhoso que me proporcionou uma leitura muito edificante e prazerosa, coroadas de lágrimas reconfortantes ao final de cada esmerado capítulo. Que o amigo que o ler possa compartilhar do mesmo júbilo que eu ao visitar essas páginas.

FEB lança em site edições especiais

A Editora da Federação Espírita Brasileira lançou em seu site uma série de títulos vendidos conjuntamente de DVDs do mesmo tema. Encontram-se disponíveis títulos de diversos assuntos como suicício (Memórias de um Suicida, de Yvonne Pereira + DVD de mesmo tema, com Divaldo Franco), aborto (com livro e DVD de seminários da Dra. Marlene Nobre, presidente da Associação Médico-Espírita Brasileira) além de outros inúmeros temas do mais alto interesse doutrinário. As promoções podem ser acessadas clicando aqui.

Zelar pela Doutrina



Diante de nossos irmãos com os quais viemos a partilhar de alguns pontos de vista, esperando dilatar ainda mais nosso círculo de amizades espirituais e nos ajudarmos mutuamente neste longo caminho da evolução, trago aqui uma reflexão sobre nossos papéis enquanto cuidadores e propagadores da Doutrina Espírita, que tanto nos tem amparado e consolado em nossa pequenez.

Como consta nos objetivos deste blog, pretensão outra não temos que aquela de divulgar reflexões próprias e criar uma rede de amigos e estudos centrado no Espiritismo. Apenas Espiritismo, como diz Kardec em A Gênese, no sentido de uma religião ampla, sem personalismos de qualquer tipo, exclusivamente relacionado a este ou aquele Benfeitor, ainda que seja comum a denominação “espiritismo kardecista”. Talvez seja oportuno relembrar este termo, ainda que impróprio segundo o mesmo Kardec, para dizer o quanto falta aos “kardecistas” de hoje terem a sua mesma postura de há pouco mais de 150 anos. Uma postura sóbria, baseada no bom senso, no estudo sistematizado e na experimentação, e não na frivolidade, nas excentricidades de todo tipo e no deconhecimento decorrente da falta de estudo e reflexões sérias sobre os mais diversos assuntos. Assim sendo, perguntamos: qual tem sido o nosso papel nessa bendita doutrina? Como temos contribuído com ela? Respeitamos e zelamos por ela de fato?

Creio que a fidelidade a Kardec seja fundamental. Não uma crença cega e fanática, mas entendida e franca, que do “crer” passa ao “saber”. Seu desdobramento natural, e necessário dentro do conceito de Revelação progressiva, na obra de Chico Xavier, também constitui pedra angular da Doutrina, em que o Codificador é sempre o ponto de partida para todos os apontamentos dos Amigos Espirituais. É preciso sim saber diferenciar o que clareia e o que turva os princípios espiritistas. Censurar não, discernir sim – falo isso baseado em muitos centros espíritas que simplesmente baniram diversos autores de suas livrarias como os Gasparetto (embora nem eles mesmos se digam espíritas) ou até mesmo Carlos Baccelli.

Como a imagem citada por Emmanuel, da grande árvore farta, na qual pássaros façam seus ninhos temporários e vão embora, a que o lavrador deve ficar atento para que suas raízes permaneçam firmes e ela continue frutificando. Assim devemos entender nossa responsabilidade, como lavradores dessa árvore frondosa chamada Espiritismo, plantada em solo fértil, no coração e na Razão dos homens. “Toda crença é respeitável. No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade. (...) Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas”. Eis a recomendação sábia do bondoso Emmanuel. Não preciso nem citar a falta de compromisso de muitos trabalhadores espíritas que por falta de disciplina faltam ao trabalho edificante e assistencial, negando-se a si mesmos a oportunidade de servir no Bem. E essa é uma questão muito séria, pois o movimento, conquanto tenha recursos humanos bem formados e engajados, necessita de seareiros que continuem a lida, levando adiante o processo de regeneração planetária.

Torna-se imperiosa, portanto, nossa distinção moral e intelectual, educados em Cristo, Kardec e Chico Xavier, não sermos “cultos em doutrina e pobres em espírito” como diz André Luiz no excepcional prefácio de “Nosso Lar”.

Depois desses pequenos apontamentos, esperamos poder fazer nossa a rogativa de Yvonne do Amaral Pereira ao Alto, que serve para todos os trabalhadores do planeta, médiuns conscientes ou inconscientes daqueles que com eles se sintonizam, ao final dos serviços reencarnatórios:

"Obrigada, meu Deus, pela bênção da mediunidade que me concedeste como ensejo para a reabilitação do meu Espírito culpado. A chama imaculada que do Alto me mandaste, com a revelação dos pontos da tua Doutrina, a mim confiados para desenvolver e aplicar, eu ta devolvo, no fim da tarefa cumprida, pura e imaculada conforme a recebi: amei-a e respeitei-a sempre, não a adulterei com idéias pessoais porque me renovei com ela a fim de servi-la; não a conspurquei, dela me servindo para incentivo às próprias paixões, nem negligenciei no seu cultivo para benefício do próximo, porque todos os meus recursos pessoais utilizei na sua aplicação. Perdoa, no entanto, Senhor, se melhor não pude cumprir o dever sagrado de servi-la, transmitindo aos homens e aos Espíritos menos esclarecidos do que eu o bem que ela própria me concedeu.”


Bibliografia

1. A Gênese. Allan Kardec, Editoras FEB/LAKE/IDE/FEESP

2. Seara dos Médiuns, lição “Ensino Espírita”. Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier. Editora FEB.

3. Religião dos Espíritos, lição 80 “Doutrina Espírita”. Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier. Editora FEB.

4. Nosso Lar. Prefácio. André Luiz (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier. Editora FEB.

5. Recordações da Mediunidade. Bezerra de Menezes (Espírito), psicografado por Yvonne do Amaral Pereira. Editora FEB

22 maio 2009

O que é, realmente, o espiritismo?

Um dos principais objetivos desse blog, senão o principal, é divulgar a doutrina espírita de uma forma clara e objetiva, esclarecer o máximo possível de dúvidas sobre a doutrina (que não são poucas) e também corrigir as distorções sobre a mesma (que também não são poucas), pois, infelizmente, muitas pessoas acabam tendo uma visão errada do espiritismo devido a divulgações erroneas acerca da doutrina.

A doutrina espírita surgiu na França, em Paris, no final do século XIX, pelas mãos de Hippolyte Leon Denizard Rivail, mais conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec. À época, na França, haviam surgidos vários fenômenos ditos paranormais que estavam chamando muita atenção da sociedade, como, por exemplo, um dos mais comentados, os fenomenos das mesas girantes, em que mesas balançavam e emitiam sons sem nenhuma explicação plausível. Os fenômenos em si geravam tanta curiosidade e atraiam tanta gente que acabavam virando uma espécie de diversão para as pessoas, que achavam interessante aquilo tudo e sempre compareciam em peso nas sessões realizadas.

Os fenômenos chamavam atenção não só de curiosos como também de pessoas cultas da sociedade, que acabavam indo atrás de algo mais além de diversão, tentando encontrar respostas lógicas e válidas para as ocorrências. Dentre esses, Allan Kardec, um respeitado pedagogo e estudioso, comparecia frequentemente nas sessões afim de analisar as ocorrências, as quais não deu muita atenção no começo, pois achava que se tratava somente fenômenos ligados aos magnetismo animal, a qual era estudioso. Com o tempo, através de suas observações, Kardec percebeu que esses fenômenos produziam respostas lógicas e elaboradas, convencedo-se de que os fenômenos eram ligados a espiritos e não somente ao magnetismo animal, como pensava anteriormente.

Com base nessas informações, Kardec se dedicou arduarmente aos estudos mais profundos, vindo a ter colaboração de vários médiuns respeitados daquela época, compilando os dados que recebia nas comunicações com os espíritos, lançando mão de seu bom senso e apurado cuidado com as analises feitas. Assim, em 1857, publica um livro contendo todo o resultado de seu trabalho junto aos espiritos, um livro de didática clara e direta, chamado O Livro dos Espiritos, o qual veio a ser o marco inicial da doutrina espírita.
Explicar mais afundo o Espiritismo é algo que um post só não daria conta, devido a quantidade enorme de informações disponíveis e a variedade encontrada.
Portanto, para não alongar desnecessáriamante o post, segue abaixo alguns links que dão uma visão bem clara e correta sobre o Espiritismo:

A doutrina espirita é muito vasta, há uma infinidade de informações e livros disponíveis relativos a doutrina e a internet abre um leque magfnífico para quem deseja apenas conhecer, como também aprofundar-se nessa maravilhosa doutrina. Como em tudo, há extrema necessidade de cautela e bom senso nas pesquisas, para o correto entendimento do que se está absorvendo.

Termino aqui esse post com um esclarecimento básico sobre a doutrina, que hoje se confunde muito. Kardecismo não existe. Este termo é muito usado hoje por espíritas, para que haja uma diferenciação da doutrina espírita de outras doutrinas espiritualistas existentes. Mas o termo é erroneo, pois, como você viu, Kardec é "apenas" o codificador da doutrina, a qual ele mesmo disse, não ser dele e sim dos espíritos. Correto mesmo, somente o termo Espiritismo.

03 maio 2009

Sobre os Autores do blog

Editado e mantido por:

Alex Machado: Trinta e cinco anos nas costas, técnico em informática e estudante da Doutrina Espírita.

Júlio: Médico residente em Psiquiatria, 26 anos, aprendendo as primeiras letras sobre Espiritismo e estudando sempre Kardec e Chico Xavier.

Juliano: Estou jornalista, de passagem por aqui e ser humano desenganado pelo Espiritismo

Sobre o blog

O foco principal do blog é a doutrina espírita codificada por Allan Kardec. Nosso desejo é repassar um pouco do que aprendemos na doutrina a outras pessoas e expor, da forma mais clara possível, o que é o Espiritismo, suas diretrizes, sua codificação e sua consequência na vidas das pessoas. Os textos aqui expostos são de autoria própria dos autores do blog. Assim sendo, de um modo geral, o conteúdo pode sofrer influência particular dos autores, mas sempre buscando uma correta sintonia com a doutrina espírita. Textos que por ventura não sejam dos próprios autores terão os devidos créditos citados.


Com o "mural do blog" os leitores podem deixar seus comentários, sugestões e críticas sobre o blog. Esperamos com isso manter um espaço para livre circulação de idéias e discussão para todos os interessados em assusntos da Doutrina.

Pela própria natureza do blog como veículo de comunicação rápido e mais informal, os textos frequentemente não esimuçam de modo tão incisivo, como alguns leitores gostariam, determinados pontos doutrinários. Estamos, entretanto, inteiramente à disposição dos visitantes para podermos estudar conjuntamente com vista a poder desenvolver melhor o tema e aproveitar a oportunidade de sempre aprender mais e mais.