"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


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07 fevereiro 2014

Oração Fraternal


Irmão nosso, que estás na Terra, Glorificada seja a tua vontade, em favor do Infinito bem.
Trabalha incessantemente pelo Reino Divino, com tua cooperação espontânea.
Seja atendida a tua aspiração elevada, com esquecimento de todos os caprichos.
Tanto no lar da Carne, quanto no Templo do Universo.
O pão nosso de cada dia, que vem do Celeiro, usa com respeito e divide santamente.
Desculpa nossas faltas para contigo, assim como o Eterno Pai tem perdoado nossas dívidas em comum.
Não permitas que a tua existência se perca pela tentação dos maus pensamentos.
Livra-te dos males que procedem do próprio coração.
Porque te pertence, agora, a gloriosa oportunidade de elevação para o reino do poder, da justiça, da paz, da glória e do amor para sempre.

Emmanuel por meio da psicografia de Francisco Cândido Xavier
Essa mensagem está contida em panfletos ofertados e distribuídos pelo Grupo Espírita “Os Mensageiros”

16 dezembro 2013

"Deus conosco"


O livro "Deus Conosco", uma coletânea de mensagens do espírito Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier entre as décadas de 1930 a 1950, reúne uma série de escritos recebidos em contexto familiar de valioso conteúdo histórico e doutrinário. As mensagens versam sobre temas cotidianos, sobre os novos livros recebidos por Chico, os caminhos que o movimento tomava à época e orientações pessoais à algum conhecido que frequentava as sessões.

As mensagens foram guardadas todo esse tempo por Wanda Joviano, filha de Rômulo Joviano, patrão de Chico que muito auxiliou o então novato médium a organizar as mensagens e os livros que recebia do Além. No plano espiritual a família Joviano também não descansava. O espírito Neio Lúcio era na verdade Arthur Joviano, avô de Wanda que se comunicava aos familiares e transmitiu uma grande gama de ensinamentos evangélicos. Seu livro mais conhecido é "Jesus no Lar", publicado pela FEB.

É interessante observar ao longo das 600 páginas do livro o desenvolvimento do movimento espírita e a mediunidade cada vez mais sofisticada de Chico Xavier. O livro traz ainda várias informações históricas sobre Emmanuel, um resumo de suas reencarnações e uma farta bibliografia de apoio mostrando grande senso de responsabilidade dos organizadores, Wanda Joviano e Geraldo Lemos, que se esforçaram por indicar fontes de todas as informações e relatos de testemunhas.
Trata-se, portanto, de um livro fundamental a todos os interessados no movimento espírita e que traz consolo e orientação com a escrita fraterna e sublime de Emmanuel.

"Deus Conosco", pelo Espírito Emmanuel e psicografado por Francisco Cândido Xavier. Organizado por Wanda Joviano e Geraldo Lemos. Editora Vinha de Luz, 2007

23 setembro 2013

Pela causa

Nós, espíritas, não somos nada especiais só pelo fato de termos o contato com a doutrina, porém, isso nos torna mais responsáveis, pois o Espiritismo traz a oportunidade de compreensão dos mecanismos muitas vezes tidos como sobrenaturais, assim como suas causas e efeitos.

Dessa forma, já não é possível alegar ignorância quanto as responsabilidades provocadas pelas nossas ações, pois a partir do momento em que há a consciência do fato, a omissão gera igual, ou até um maior grau de comprometimento na situação, tendo em vista a nossa possibilidade de ação.

Essa responsabilidade não está apenas na vida, mas também em relação a doutrina, algumas vezes não damos a devida atenção com o contato com o Espiritismo e até prejudicamos seu andamento. André Luiz no livro "Opinião Espírita" (Chico Xavier e Waldo Vieira) mostra "Vinte modos como nós, espíritas, perturbamos a marcha do Espiritismo.

1 - Esquecer a Reforma Íntima
2 - Desprezar os deveres profissionais
3 - Ausentar-se das obras de caridade
4 - Negar-se ao estudo
5 - Faltar aos compromissos sem justo motivo
6 - Rogar privilégios
7 – Escapar deliberadamente dos sofredores para não prestar-lhes pequeninos serviços
8 – Colocar os princípios espíritas à disposição de fachadas sociais
9 – Especular com a Doutrina em matéria política
10 – Sacrificar a família aos trabalhos da fé
11 – Açambarcar muitas obrigações, recusando distribuir a tarefa com os demais companheiros ou não abraçar incumbência alguma, isolando-se na preguiça
12 – Afligir-se pela conquista de aplausos
13 – Julgar-se indispensável
14 – Fugir ao exame imparcial e sereno das questões que concernem à clareza do Espiritismo, acima dos interesses e das pessoas
15 – Abdicar do raciocínio, deixando-se manobar por movimentos ou criaturas que tentam sutilmente ensombrar a área de esclarecimento espírita com preconceitos e ilusões
16 – Ferir os outros com palavras agressivas ou deixar de auxiliá-los com palavras equilibradas no momento preciso
17 – Guardar melindres
18 – Olvidar o encargo natural de cooperar respeitosamente com os dirigentes das instituições doutrinárias
19 – Lisonjear médiuns e tarefeiros da causa espíritas
20 – Largar aos outros as responsabilidades que nos competem

05 abril 2013

Na Vida



Não te queixes de ninguém.
Todos estamos lutando.
Esse enfrenta problemas afetivos.
Aquele sofre limitações.
Outro caminha vacilante.
Na vida, quem compreende sabe mais.
Faze o melhor que possas,
esquecendo ingratidões.
Serve, perdoa e avança,
olvidando injúrias.
Elege o bem por teu escudo
e deixa que as pedras da maledicência
caiam à tua volta.
Se procuras Jesus,
não tens tempo a perder
com os acontecimentos marginais da estrada. 

Mensagem número 10 do livro "Brilhe Vossa Luz", psicografado pelos médiuns Chico Xavier e Carlos Baccelli. Na obra são transcritas diversas mensagem de diferentes autores espirituais, essa em questão foi enviada por Irmão José.

03 abril 2013

Perdoa Agora



Não te detenhas. Torna a presença do companheiro que te feriu e perdoa, ajudando-o a recuperar-se. Reflete e ampara-o.
Quantas dores e quantas perturbações lhe vergastaram a alma, antes que a palavra dele se erguesse para ofender-te ou antes que o braço se lhe armasse pela imcompreensão e desferisse contra ti o golpe deprimente? Guarda a calma e auxilia sem cessar.
Mais tarde, é possível que não possa, por tua vez, suportar o assalto da ira e reclamarás igualmente o bálsamo da alheia compreensão.
Retorna ao lar ou á luta que talvez hajas deixado, e espalha, de novo, a benção do amor, com todos os corações que jazem envenenados pelo fel da crueldade ou pela peçonha da calúnia.
Não hesites, porém.
Perdoa agora, enquanto a oportunidade de reaproximação te favorece os bons desejos porque, provavelmente, amanhã, o ensejo luminoso terá passado e não encontrarás, ao redor de ti, senão a cinza do arrependimento e o choro amargo de improdutiva lamentação.

Pelo espírito Emmanuel, psicografado por Chico Xavier no livro “Assim vencerás”

08 maio 2011

Dia das mães


"Com júbilos divinos,
Mãe querida, que a Celeste Bondade te coroe!...
Por tudo que nos dá nos caminhos da vida.
Deus te exalte e abençoe!..."

Pelo Espírito Maria Dolores, psicografado por Chico Xavier, do livro "Luz no Lar"

15 novembro 2010

Na Vida

Não te queixes de ninguém.
Todos estamos lutando.
Esse enfrenta problemas afetivos.
Aquele sofre limitações.
Outro caminha vacilante.
Na vida, quem compreende sabe mais.
Faze o melhor que possas,
esquecendo ingratidões.
Serve, perdoa e avança,
olvidando injúrias.
Elege o bem por teu escudo
e deixa que as pedras da maledicência
caiam à tua volta.
Se procuras Jesus,
não tens tempo a perder
com os acontecimentos marginais da estrada.

Pelo Espírito Irmão José, in "Brilhe vossa luz", de Francisco Cândido Xavier e Carlos Baccelli, IDE Editora

13 novembro 2010

O Ateu


























"Sujeito que clama e berra
Contra a vida a que se agarra,
Vive em perene algazarra
Colado aos brejais da terra.

Do raciocínio faz garra
Com que à verdade faz guerra,
Na desdita em que se aferra,
À ilusão em que se amarra.
De mente sempre na birra
Ouve a ambição que lhe acirra
A paixão que o liga à burra.
Mas a luz divina jorra
E a vida ganha a desforra
Na morte que o pega e surra."

Pelo Espírito Alfredo Nora, in "Brilhe vossa luz", de Francisco Candido Xavier e Carlos Baccelli

31 março 2010

Livros em áudio

No site http://www.centenariochicoxavier.com/ estão disponíveis para download em formato audiolivro as obras "O que é Espiritismo?" e "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, e o livro "O Consolador", psicografado por Chico Xavier, do espírito Emmanuel - também em formato de perguntas e respostas, ampliando a substância d"O Livro dos Espíritos".

20 janeiro 2010

Deus virá


 Sejam quais forem as aflições e desafios da estrada, nunca te deixes intimidar pela força das trevas e faze brilhar no próprio coração a mensagem inarticulada do amor eterno que a luz dos céus abertos te anuncia, cada manhã, de horizonte a horizonte:
“Deus Virá”

Emmanuel

Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, in “Alma e Coração”.

16 dezembro 2009

Homenagem a Chico Xavier

Belo vídeo que encontrei no Youtube homenageando o nosso Chico Xavier. Jesus, Mediunidade e Caridade.
Muitas saudades, Chico!...

09 dezembro 2009

Diante do madeiro



Ante a cruz infamante me prosterno
E contemplo-te, oh! Cristo, os membros lassos,
O duro lenho que te prende os braços,
Abre-te em sangue o coração fraterno.

Fitas o olhar de luz, dorido e terno,
Na cerúlea beleza dos Espaços,
Enquanto os homens, lúbricos e crassos,
Trazem ao monte o cavernoso inferno.

Rei prostrado ante horrenda lança em riste,
Pende-te a fronte dolorosa e triste,
Sob a traição cruel dos teus mordomos...

E choro e grito amargamente, a esmo,
Carregando, enojado de mim mesmo,
A vergonha dos Judas que ainda somos.

AUGUSTO DOS ANJOS

(Psicografado por Francisco Cândido Xavier, in "Nosso Livro", LAKE editora)

28 novembro 2009

Através da reencarnação


"Fora melhor que não existissem na Terra pedintes e mendigos, na expectativa do agasalho e do pão.

Se é justo deplorar o atraso moral do planeta que ainda acalenta privação e necessidade, examinemos a nós mesmos, quando nos inclinamos para a ambição desvairada, e verificaremos que a penúria, através da reencarnação, é o ensinamento que nos corrige os excessos.

Fora melhor não víssemos mutilados e enfermos, suplicando alívio e remédio.

Se é compreensível lastimar as condições da estância física, que ainda expõe semelhantes quadros de sofrimento, observemos o pesado lastro de animalidade que conservamos no próprio ser e reconheceremos que sem as doenças do corpo, através da reencarnação, seria quase impossível aprimorar as faculdades da alma

Fora melhor não enxergássemos crianças infelizes, suscitando angústias no lar ou piedade na via pública.

Se é natural comover-nos diante de problemas assim dolorosos, meditemos nos ódios e aversões, conflitos e contendas, que tantas vezes carregamos para além do sepulcro, transformando-nos, depois da morte, em Espíritos vingativos e obsessores, e agradeceremos às Leis Divinas que nos fazem abatidos e pequeninos, através da reencarnação, entregando-nos ao amparo e ao arbítrio daqueles mesmos irmãos a quem ferimos noutras épocas, a fim de que nós, carecentes de tudo na infância, até mesmo da comiseração maternal que nos alimpe e conserve o organismo indefeso, venhamos, por fim, a aprender que a Eterna Sabedoria nos ergueu para o amor imperecível na vida triunfante.

Terra bendita! Terra, que tanta vez malsinamos nos dias de infortúnio ou nos momentos de ignorância, nós te agradecemos as dores e as aflições que nos ofereces, por espólio de nossos próprios erros, e rogamos a Deus nos fortaleça os propósitos de reajuste e aperfeiçoamento, para que, um dia, possamos retribuir-te, de algum modo, os benefícios que nos tem prodigalizado, por milênios de milênios, através da reencarnação!..."



Pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier, in "Estude e Viva", editora FEB.

12 novembro 2009

Decálogo para Médiuns

"1 - Rende culto ao dever.
Não há fé construtiva onde falta respeito ao cumprimento das próprias obrigações

2 - Trabalha espontaneamente.
A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói.

3 - Não te creias maior ou menor.
Como as árvores frutíferas, espalhadas no solo, cada talento mediúnico tem a sua utilidade e a sua expressão.

4 - Não esperes recompensas no mundo.
As dádivas do Senhor, como sejam o fulgor das estrelas e a carícia da fonte, o lume da prece e a benção da coragem, não têm preço na Terra.

5 - Não centralizes a ação.
Todos os companheiros são chamados a cooperar no conjunto das boas obras, a fim de que se elejam à posição de escolhidos para tarefas mais altas.

6 - Não te encarceres na dúvida.
Todo bem, muito antes de externar-se por intermédio desse ou daquele intérprete da verdade, procede, originariamente, de Deus.

7 - Estuda sempre.
A luz do conhecimento armar-te-á o espírito contra as armadilhas da ignorância.

8 - Não te irrites.
Cultiva a caridade e a brandura, a compreensão e a tolerância, porque os mensageiros do amor encontram dificuldade enorme para se exprimirem com segurança através de um coração conservado em vinagre.

9 - Desculpa incessantemente.
O ácido da crítica não te piora a realidade, a praga do elogio não te altera o modo justo de ser, e, ainda mesmo que te categorizam à conta de mistificador ou embusteiro, esquece a ofensa com que te espanquem o rosto, e, guardando o tesouro da consciência limpa, segue adiante, na certeza de que cada criatura percebe a vida do ponto de vista em que se coloca.

10 - Não temas perseguidores.
Lembra-te da humildade do Cristo e recorda que, ainda Ele, anjo em forma de homem, estava cercado de adversários gratuitos e de verdugos cruéis, quando escreveu na cruz, com suor e lágrimas, o divino poea da eterna ressureição."

André Luiz

Extraído do livro "O Espírito da Verdade", psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, editora FEB.

20 outubro 2009

"Traços do caráter espírita"


Humildade sem subserviência.
Dignidade sem orgulho.
Devotamento sem apego.
Alegria sem excesso.
Liberdade sem licença.
Firmeza sem petulância.
Fé sem exclusivismo.
Raciocínio sem aspereza.
Sentimento sem pieguice.
Caridade sem presunção.
Generosidade sem desperdício.
Conhecimento sem vaidade.
Cooperação sem exigência.
Respeito sem bajulice.
Valor sem ostentação.
Coragem sem temeridade.
Justiça sem intransigência.
Admiração sem inveja.
Otimismo sem ilusão.
Paz sem preguiça.

Pelo Espírito André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, em "Caminho Espírita", IDE editora.

02 outubro 2009

Comece pelo começo

Ao me deparar com um cartaz da USE – União das Sociedades Espíritas – de divulgação da Codificação, com os dizeres “Comece pelo começo”, lembrei-me da mensagem que deixo abaixo, de Emmanuel. Quando o Espiritismo tem o desafio de se manter fiel à suas raízes frente a inúmeras influenciações de religiões orientais, de grande valor filosófico mas não atreladas ao ideal do Cristo que transforma, e de outros exotismos que apenas confundem e não guiam o coração, devemos sempre relembrar a exortação do grande cristianizador do Brasil pelas mãos de Chico Xavier.



Kardec

"Lembrando o Codificador da Doutrina Espírita, é imperioso estejamos alertas em nossos deveres fundamentais.
Conveçamo-nos de que é necessário:

Sentir Kardec;
Estudar Kardec;
Anotar Kardec;
Meditar Kardec;
Analisar Kardec;
Comentar Kardec;
Interpretar Kardec;
Cultivar Kardec;
Ensinar Kardec;
Divulgar Kardec...

Que é preciso cristianizar a Humanidade é afirmação que não padece dúvida; entretanto, cristianizar, na Doutrina Espírita, é raciocinar com a verdade e construir com o bem de todos, para que, em nome de Jesus, não venhamos a fazer sobre a Terra mais um sistema de fanatismo e de negação."

Psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, presente no livro “Caminho Espírita”

17 setembro 2009

Anjos Desconhecidos

"Há guardiões espirituais que te apoiam a existência no plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida na Terra mesmo.

Freqüentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia do pó. Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência. Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças, todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te facilitam. Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.

Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa de inteligência e trabalho; contudo, reverencie também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.

São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram a fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir... Vários deles fazem agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio entardecer; alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.

Pense nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria. Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros. Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, um aprece ou uma flor."

Emmanuel

Psicografia de Francisco Candido Xavier, contida no livro "Caminho Espírita"

25 agosto 2009

Cometas e estrelas

Como essas semanas estão sendo corridas, tanto pra mim quanto para o Júlio, vou bater ponto e postar aqui uma mensagem sobre amizade que achei muito interessante. Apesar de não saber exatamente o autor e também não ter um cunho estritamente espírita, a mesagem vale, e muito, como uma reflexão sobre uma coisa importantissima em nossas vidas, a amizade.

Há pessoas estrelas; há pessoas cometas.Os cometas passam. Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam. As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem.Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença.Há muita gente cometa. Assim são muitos e muitos artistas. Brilham apenas por instantes nos palcos da vida. E com a mesma rapidez com que aparecem, também desaparecem. Assim são muitos reis e rainhas de todos os tipos. Reis de nações, rainhas de clubes ou concurso de beleza. Assim são pessoas que vivem numa mesma família e que passam pelo outro sem serem presença.Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração. Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palma e desaparecem.Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.A solidão de muitas pessoas é conseqüência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa. Ninguém fica todos passam. E a gente também passa pelos outros.Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e senti-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor.Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar-se prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações.Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas, é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa: É NASCER E TER VIVIDO E NÃO APENAS EXISTIDO.

Um abraço a todos.

12 agosto 2009

Aos vendilhões dos templos modernos

Reportagem mediúnica de Humberto de Campos com Judas Iscariotes

Jesus expulsando os vendilhões do templo


Com a aceitação de denúncias contra alguns "vendilhões do templo", que massacram massas com seus pedidos estapafúrdios de dízimos e usam do poder temporal em benefício dos seus "negócios de fé", dominando grandes mídias, conforme publicamos há pouco no blog, acho interessante relembrarmos a conclusão de Judas em antológico texto psicografado por Chico Xavier:


"Nas margens caladas do Jordão, não longe talvez do lugar sagrado,
onde o Precursor batizou Jesus Cristo, divisei um homem sentado sobre uma pedra. De sua expressão fisionômica irradiava-se uma simpatia cativante. - Sabe quem é este? - murmurou alguém aos meus ouvidos. - Este é Judas. - Judas?!... - Sim. Os espíritos apreciam, às vezes, não obstante o progresso que já alcançaram, volver atrás, visitando os sítios onde se engrandeceram ou prevaricaram, sentindo-se momentaneamente transportados aos tempos idos. Então mergulham o pensamento no passado, regressando ao presente, dispostos ao heroísmo necessário do futuro. Judas costuma vir a Terra, nos dias em que se comemora a Paixão de Nosso Senhor, meditando nos seus atos de antanho... Aquela figura de homem magnetizava-me. Eu não estou ainda livre da curiosidade do repórter, mas entre as minhas maldades de pecador e a perfeição de Judas existia um abismo. O meu atrevimento, porém, e a santa humildade do seu coração ligaram-se para que eu o atravessasse, procurando ouvi-lo. - O senhor é, de fato, o ex-filho de Iscariotes? - perguntei. - Sim, sou Judas - respondeu aquele homem triste, enxugando uma lágrima nas dobras de sua longa túnica. Como o Jeremias, das Lamentações, contemplo às vezes esta Jerusalém arruinada, meditando no juízo dos homens transitórios... - E uma verdade tudo quanto reza o Novo Testamento com respeito à sua personalidade na tragédia da condenação de Jesus? - Em parte... Os escribas que redigiram os evangelhos não atenderam às circunstâncias e as tricas políticas que acima dos meus atos predominaram na nefanda crucificação. Pôncio Pilotos e o tetrarca da Galiléia, além dos seus interesses individuais na questão, tinham ainda a seu cargo salvaguardar os interesses do Estado romano, empenhado em satisfazer as aspirações religiosas dos anciãos judeus. Sempre a mesma história. O Sanedrim desejava o reino do céu pelejando por Jeová, a ferro e fogo; Roma queria o reino da Terra. Jesus estava entre essas forças antagônicas com a sua pureza imaculada. Ora, eu era um dos apaixonados pelas idéias socialistas do Mestre, porém o meu excessivo zelo pela doutrina me fez sacrificar o seu fundador. Acima dos corações, eu via a política, única arma com a qual poderia triunfar e Jesus não obteria nenhuma vitória. Com as suas teorias nunca poderia conquistar as rédeas do poder, já que, no seu manto e pobre, se sentia possuído de um santo horror à propriedade. Planejei então uma revolta surda como se projeta hoje em dia na Terra a queda de um chefe de Estado. O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para uma obra vasta e enérgica como a que fez mais tarde Constantino Primeiro, o Grande, depois de vencer Maxêncio às portas de Roma, o que, aliás, apenas serviu para desvirtuar o Cristianismo. Entregando, pois, o Mestre, a Caifás, não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável e, ralado de remorsos, presumi que o suicídio era a única maneira de me redimir aos seus olhos. - E chegou a salvar-se pelo arrependimento? - Não. Não consegui. O remorso é uma força preliminar para os trabalhos reparadores. Depois da minha morte trágica, submergi-me em séculos de sofrimento expiatório da minha falta. Sofri horrores nas perseguições infligidas em Roma aos adeptos da doutrina de Jesus, e as minhas provas culminaram em uma fogueira inquisitorial(JOANA D'ARC), onde, imitando o Mestre, fui traído, vendido e usurpado. Vítima da felonia e da traição, deixei na Terra os derradeiros resquícios do meu crime, na Europa do século XV Desde esse dia, em que me entreguei por amor do Cristo a todos os tormentos e infâmias que me aviltavam, com resignação e piedade pelos meus verdugos, fechei o ciclo das minhas dolorosas reencarnações na Terra, sentindo na fronte o ósculo de perdão da minha própria consciência... - E está hoje meditando nos dias que se foram... - pensei com tristeza. - Sim... estou recapitulando os fatos como se passaram. E agora, irmanado com Ele, que se acha no seu luminoso Reino das Alturas que ainda não é deste mundo, sinto nestas estradas o sinal de seus divinos passos. Vejo-O ainda na cruz entregando a Deus o seu destino... Sinto a clamorosa injustiça dos companheiros que O abandonaram inteiramente e me vem uma recordação carinhosa das poucas mulheres que O ampararam no doloroso transe... Em todas as homenagens a Ele prestadas, eu sou sempre a figura repugnante do traidor... Olho complacentemente os que me acusam sem refletir se podem atirar a primeira pedra... Sobre o meu nome pesa a maldição milenária, como sobre estes sítios cheios de miséria e de infortúnio. Pessoalmente, porém, estou saciado de justiça, porque já fui absolvido pela minha consciência no tribunal dos suplícios redentores. Quanto ao Divino Mestre - continuou Judas com os seus prantos - infinita é a sua misericórdia e não só para comigo, porque, se recebi trinta moedas, vendendo-O aos seus algozes, há muitos séculos Ele está sendo criminosamente vendido no mundo a grosso e a retalho, por todos os preços, em todos os padrões do ouro amoedado... - E verdade - concluí - e os novos negociadores do Cristo não se enforcam depois de vendê-LO. Judas afastou-se tomando a direção do Santo Sepulcro e eu, confundido nas sombras invisíveis para o mundo, vi que no céu brilhavam algumas estrelas sobre as nuvens pardacentas e tristes, enquanto o Jordão rolava na sua quietude como um lençol de águas mortas, procurando um mar morto."

Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Humberto de Campos, contida no livro Memórias de Além Túmulo