O pai chega em casa e vê que um dos filhos está entristecido
no quarto e pergunta:
- O que aconteceu, filho?
- Ah, pai, perdi a paciência com meu irmão e briguei com
ele.
- Como assim perdeu a paciência? Vocês já brigaram outras
vezes antes
- Já sim, uma por causa do futebol, outra pelo videogame,
outro dia na escola foi pelo lápis de cor...
- Sim, eu me lembro.
- Mas eu tenho paciência com ele, eu até deixo ele
participar das brincadeiras e usar algumas de minhas coisas, mas acontece que
tem hora que não consigo segurar.
- Aí, você perde a paciência!
- Isso, mesmo!
- Mas você perde a paciência ou realmente nunca teve essa
tolerância com ele?
- Como assim, pai?
- Venha ver os baldes de água que sua mãe usa para lavar
roupa que eu explico.
- Veja este aqui com água e um pouco de sujeira no fundo. A
água está limpa ou suja?
- Quase limpa, se você tirar a sujeira do fundo a água fica
limpinha.
- Tem certeza?
- Sim
O pai então pegou um pedaço de pau e agitou a água dentro do
balde. A sujeira que estava acomodada no fundo voltou a se circular por todo o
conteúdo do balde e a água então mostrou sua verdadeira condição de limpeza. Após
a demonstração o filho exclamou meio confuso:
- Mas a água parecia tão limpa!
- Parecia sim, mas assim como o balde com água que parecia
limpa só com uma sujeira no fundo, nós também parecemos algo que não somos
quando estamos parados e sem ser incomodados. Porém, basta que algo nos tire do
sossego para a gente mostrar nossa verdadeira condição.
Quantas vezes somos como o balde de água parada com a
sujeira no fundo. Quem olha por aquele momento de calmaria pode se iludir e
pensar que aquele estado significa a verdadeira essência.
Porém, se as condições se apresentam adversas, nos forçando
a sair da área de conforto é natural agirmos de forma descabida (perdendo a paciência,
a linha, o juízo e por aí vai), pois entramos em convulsões devido as nossas
incoerências visto que não estamos alinhados em nossa essência ou pensamento e
conduta.
Isso acontece porque perdemos nosso foco de atenção, não
conseguimos saber se agimos respondendo a um sentimento, emoção, razão, crença
ou o que for nos nortear a ação. Dessa forma, esse desalinhamento entre essas
partes provoca o desequilíbrio que resulta, na maioria das vezes, em ações que
possivelmente nos arrependeremos depois.
Ou seja, não conseguir manter a coerência entre nossas palavras, ações e pensamentos tendo como resultado o desequilíbrio já que cada um esta indo em uma direção diferentes. Vale ressaltar que Jesus nos chama a todo o momento para sermos coerentes com
nós mesmo como no exemplo a seguir:
“Portanto, se estás fazendo a tua oferta diante do altar, e
te lembrar aí que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta
diante do altar, e vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás
fazer a tua oferta” (Mateus, V: 23 e 24)
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