"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


10 fevereiro 2016

A calmaria tormentosa



O pai chega em casa e vê que um dos filhos está entristecido no quarto e pergunta:
- O que aconteceu, filho?
- Ah, pai, perdi a paciência com meu irmão e briguei com ele.
- Como assim perdeu a paciência? Vocês já brigaram outras vezes antes
- Já sim, uma por causa do futebol, outra pelo videogame, outro dia na escola foi pelo lápis de cor...
- Sim, eu me lembro.
- Mas eu tenho paciência com ele, eu até deixo ele participar das brincadeiras e usar algumas de minhas coisas, mas acontece que tem hora que não consigo segurar.
- Aí, você perde a paciência!
- Isso, mesmo!
- Mas você perde a paciência ou realmente nunca teve essa tolerância com ele?
- Como assim, pai?
- Venha ver os baldes de água que sua mãe usa para lavar roupa que eu explico.

### 
- Veja este aqui com água e um pouco de sujeira no fundo. A água está limpa ou suja?
- Quase limpa, se você tirar a sujeira do fundo a água fica limpinha.
- Tem certeza?
- Sim
O pai então pegou um pedaço de pau e agitou a água dentro do balde. A sujeira que estava acomodada no fundo voltou a se circular por todo o conteúdo do balde e a água então mostrou sua verdadeira condição de limpeza. Após a demonstração o filho exclamou meio confuso:
- Mas a água parecia tão limpa!
- Parecia sim, mas assim como o balde com água que parecia limpa só com uma sujeira no fundo, nós também parecemos algo que não somos quando estamos parados e sem ser incomodados. Porém, basta que algo nos tire do sossego para a gente mostrar nossa verdadeira condição.

Quantas vezes somos como o balde de água parada com a sujeira no fundo. Quem olha por aquele momento de calmaria pode se iludir e pensar que aquele estado significa a verdadeira essência.
Porém, se as condições se apresentam adversas, nos forçando a sair da área de conforto é natural agirmos de forma descabida (perdendo a paciência, a linha, o juízo e por aí vai), pois entramos em convulsões devido as nossas incoerências visto que não estamos alinhados em nossa essência ou pensamento e conduta. 

Isso acontece porque perdemos nosso foco de atenção, não conseguimos saber se agimos respondendo a um sentimento, emoção, razão, crença ou o que for nos nortear a ação. Dessa forma, esse desalinhamento entre essas partes provoca o desequilíbrio que resulta, na maioria das vezes, em ações que possivelmente nos arrependeremos depois.

Ou seja, não conseguir manter a coerência entre nossas palavras, ações e pensamentos tendo como resultado o desequilíbrio já que cada um esta indo em uma direção diferentes. Vale ressaltar que Jesus nos chama a todo o momento para sermos coerentes com nós mesmo como no exemplo a seguir:

“Portanto, se estás fazendo a tua oferta diante do altar, e te lembrar aí que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali a tua oferta diante do altar, e vai te reconciliar primeiro com teu irmão, e depois virás fazer a tua oferta” (Mateus, V: 23 e 24)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Amigo visitante, fique a vontade para deixar seu comentário, seu retorno é muito importante para nós e também aos outros leitores, é sempre bom compartilhar conhecimentos.
A única coisa que pedimos é que seja mantido o respeito mútuo, comentários com teor ofensivo, a quem quer que seja, não serão tolerados.
Muito obrigado por sua visita.