"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


17 setembro 2015

Espiritismo sério, mas de bom humor



Hoje a nossa dica de vídeo está relacionada ao Espiritismo e ao bom humor. No livro “Rindo e Refletindo – Volume 2” de Richard Simonetti ele demonstra por meio do capítulo “Quem não gosta de samba...” que o humor como estado de espírito faz parte de nós e por isso o bom e o mau humor também.

E pensando nisso, a sugestão nossa é a de que conheça a Companhia Amigos da Luz, um grupo de teatro profissional especializado em comédia que trabalha temas do universo espírita.

O vídeo a seguir é um pouco do trabalho que pode ser conferido no site do Cia Amigos da Luz.

“Quem pode lhe fazer mais mal, um obsessor ou você mesmo? Sem dúvida a obsessão é um transtorno real e penoso pros espíritos envolvidos, mas será que na maioria das vezes não somos nós mesmos a nos causar os maiores problemas, usando mal nosso próprio livre-arbítrio?”(descrição no vídeo no canal do Cia Amigos da Luz no Youtube)

16 setembro 2015

Teoria e prática



Um dos temas muito comentados no universo espírita, principalmente por aqueles que se julgam profundos conhecedores da doutrina, é a relação entre a teoria e a prática, muitas vezes traduzida de forma simplificada como espírito e matéria.

E nessas discussões é normal levantar questões como: Qual o limite de um e de outra? Qual a mais importante? Como desenvolver?

Aqui não iremos apontar esse ou aquele trecho de obra doutrinária ou da codificação de Kardec, mesmo porque o objetivo não é criar uma luta entre essa ou aquela ideologia ou autor, mas sim buscar extrair a noção de teoria e prática por meio da lógica do cotidiano.

Primeiramente vamos olhar para o processo de percepção e atuação do homem. Como seres dotados da faculdade de pensar, nós embasamos parte de nossas interações com o mundo por meio da racionalidade, ou seja, pensamos e então agimos.

Porém, no momento em que praticamos uma ação, esse processo promove necessariamente uma resposta a nossa atuação, pois quando realizamos algum ato, essa interação irá criar uma consequência. A princípio parece complicado, mas vamos a um exemplo.

A mesa

Nós iremos construir uma mesa de madeira. Pensamos na estrutura, pés, tampo, acabamento etc, criando um modelo mental (que aqui chamaremos de ideia/conceito) sobre a mesa que queremos fabricar.

Pois bem, a medida que vamos construindo a nossa mesa, ou seja, saindo da ideia (conceito) para interagir com o ambiente, notamos que a transformação da matéria manipulada (madeira) é fruto da ação da ideia.

Porém ao mesmo tempo, a ideia também começa a sofrer a ação do material, pois a medida que vai recebendo novas informações a respeito das possibilidades daquele material trabalhado, vai conhecendo as propriedades e a melhor maneira de trabalhá-las.

Assim, falamos coisas do tipo: “achei que de tal forma fosse melhor, mas agora por causa disso é mais eficiente fazer de tal modo”, “pensei em fazer assim, mas acredito que agora deva ser de outra maneira”.

Numa primeira vez é bem provável que não consigamos alcançar todas as expectativas em relação a ideia que tínhamos em mente. Contudo, a medida que fabricarmos mais mesas a possibilidade delas ficarem mais parecidas com a nossa ideia é maior, pois estamos cada vez mais conhecendo as possibilidades do material e consequentemente, nos aperfeiçoando.

Dessa forma, a nossa ideia ou modelo mental (conceito) vai se modificando a medida que interagimos com o mundo. Assim, não é possível evoluir apenas absorvendo teorias, é necessário colocá-las em práticas para que sejam aperfeiçoadas por meio da interação com o mundo, tornando-se experiência acumulada.

É claro que quanto o maior número de informações formulando uma ideia, mais complexa e desenvolvida ela pode se apresentar, porém somente a prática é que vai alinhar essas informações e mostrar quais realmente são úteis.

O inverso também se mostra compatível, pois não adiantaria nada praticar algo sempre da mesma forma esperando um resultado diferente, pois faltam novas informações que poderiam direcionar para um caminho diferente.

Dessa forma, se pesarmos que toda a nossa experiência é o resultado da interação entre ideia e mundo podemos concluir que uma não se desenvolve plenamente sem a outra, portanto para que a nossa mesa evolutiva não fique manca, é necessários que as bases sejam correspondentes.

24 julho 2015

Espiritualidade com os espiritos



Quando você se depara com a frase “O Poder da Espiritualidade” o que imagina?

Não são raras as pessoas que responderiam que esse conceito se encaixa a um ser do mundo espiritual muito mais evoluído do que nós e que pudesse realizar façanhas que para nós, no atual estágio evolutivo, seria impossível.

Também não seria incomum ouvirmos a explicação de que se trata da devoção e determinação com as quais as equipes espirituais desempenham seus trabalhos em prol da humanidade.

No entanto, poderíamos até encontrar quem diga que a ‘espiritualidade’ é composta pelos desencarnados de maneira geral.

Pois bem, pensemos no significado da palavra espiritualidade para ampliarmos a nossa visão. O vocábulo ‘espiritualidade’ é um substantivo feminino, ou seja, é uma palavra que por si só pode designar algo ou alguma coisa.

Dessa forma, ‘espiritualidade’ é um termo que vem para designar algo com relação ao espírito. E se pensarmos que os espíritos superiores contam a Allan Kardec que todo universo é constituído de dois elementos gerais (Questão 27 do Livro dos Espíritos), principio inteligente (de onde saem os espíritos) e fluido cósmico universal (fonte originária de tudo o que é material), logo a espiritualidade é uma qualidade (qualificação) do que pertence ao universo do espírito.

Assim, ‘espiritualidade’ é algo que depende da vontade do espírito, portanto os conceitos anteriores estão corretos, embora incompletos.

Pensando diferente

Agora vamos pensar que se aceitamos encarnados e desencarnados como espíritos isso demonstra que ‘espiritualidade’ não fica restringida ao mundo espiritual, ela está onde o espírito se encontra.

E pensando nessa forma, trazemos uma dica de leitura do escritor William Sanches cujo título do livro é exatamente “O Poder da Espiritualidade”.

Nesta obra, William traça uma espécie de roteiro para que possamos descobrir o nosso potencial espiritual, justamente com a visão de que a 'espiritualidade' está dentro de nós e não fora.

É interessante notar que o conceito de coragem se faz presente nas páginas em vários momentos em que estamos fazendo a imersão no conteúdo. Além disso, o autor trabalha exemplos práticos do nosso cotidiano em que podemos exercer essa virtude.

Conhece o trabalho do autor em seu site AQUI
Engana-se quem pensa que este pode ser um considerado um livro de autoajuda, é antes disso um mapa (e digo mapa porque me parece que a intenção do autor é realmente que sigamos as pistas e possamos nos descobrir por nós mesmos) com sugestões de como podemos mesmo diante de nossos medos conseguir alcançar nosso potencial divino, a nossa ligação com Deus.

Em minha opinião, não é um livro para se ler de uma vez, mas para ter como companheiro por um bom tempo a fim de exercitar a reflexão sobre o seu conteúdo, bem como consultá-lo em algumas situações em que não sabemos onde deixamos a nossa coragem, pois tem uma linguagem direta e trata de assuntos como autoconhecimento, vida profissional, prosperidade, relacionamentos entre outros.

Enfim, é uma dica de leitura para quem fazer sua jornada de autoconhecimento e entre os recônditos cômodos de seu ser espiritual encontrar sua reluzente chama divina, afinal de contas, o único ser que teremos que conviver por toda a imortalidade somos nós mesmo, portanto vamos aprender a viver da melhor maneira.


Ficha Técnica
Livro: O Poder da Espiritualidade
Autor: William Sanches
Páginas: 200
Editora: Petit

08 junho 2015

Frase da Semana




“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores"

Questão 893, Livro dos Espíritos. Allan Kardec

Quando se pensa em adquirir algum tipo de virtude é comum pensarmos em exemplos de destaque no desprendimento pessoal e ajuda ao próximo para nos espelharmos. Porém quando estabelecemos uma comparação com aquele modelo é comum transformar a diferença entre eles e nós em distância, produzindo um afastamento quase que de grau imensurável.

Imaginemos uma escada e cada um num nível diferente. Quanto mais alto e distante alguém estiver na nossa frente, mais esforço vemos em nosso caminho para chegar até ele, pois a subida exige força de vontade e objetivo. Dessa forma, as vezes temos até um sentimento de inferioridade e de incapacidade perante as realizações alheias.

No entanto, os Espíritos Superiores vêm nos mostrar que toda virtude é uma conquista própria e ela se concretiza sempre que conseguimos impor nossa vontade de autocorreção à inércia do comodismo destrutivo, independente do nível de complexidade que seja.

Assim, todo passo dado no domínio das nossas más inclinações é um degrau mais alto que estamos subindo da escada evolutiva, seja em qual degrau estivermos no momento, pois cada um sobe a escada por seu próprio esforço, os outros podem até indicar o caminho, mas o ação é sempre nossa, por isso é uma conquista e ninguém pode tirar.

05 junho 2015

Naturalidade Evolutiva (Parte 2)



Essa é a segunda parte da entrevista com o escritor e palestrante Manolo Quesada. Ainda falando sobre o tema de seu novo livro “Evoluir é simples, nós é que complicamos”, ele nos oferece uma reflexão sobre desenvolvimento espiritual.
Mas, antes de refletir nas palavras do autor, vamos pensar em situações do nosso dia a dia, como por exemplo, nos caminhos que percorremos seja para escola, trabalho ou qualquer outra atividade cotidiana.
Agora, é natural que após feito isso um determinado número de vezes é comum realizarmos o percurso praticamente de maneira automática.
Esse automático significa que pelo hábito e condicionamento em realizar determinada ação temos a tendência a não empregar todo nosso potencial naquilo, utilizando apenas uma atenção periférica, ou se preferir, superficial.
Dessa forma, com um nível de atenção menor é possível que muitos detalhes nos escapem aos sentidos como uma árvore florida, um aperfeiçoamento na maneira de dirigir ou mesmo um caminho alternativo.
É claro que não estamos incentivando o motorista a infringir o código de trânsito e dirigir sem a devida atenção, mas pensemos em como estamos ‘dirigindo’ a nossa vida. Será que estamos no automático e assim apenas passando por algumas oportunidades de evolução?
Nas perguntas seguintes, Manolo nos coloca para pensar como seres imortais e como a atenção e o exercício ajudam no caminhar evolutivo.

Como podemos nos preparar para aproveitarmos da melhor maneira possível as oportunidades de evolução?
Manolo Quesada:
As oportunidades nos são oferecidas todos os dias, pois com essas oportunidades nós vamos fixando em nós as características que queremos ter. A medida que vamos exercitando, mais capazes vamos ficando. Isso quer dizer que não adianta simplesmente sermos bonzinhos, temos que exercitar. O preparo está simplesmente em nos colocarmos à disposição, ou seja, estarmos sempre em condição de ajudar o próximo, seja ele muito próximo ou mais distante. Os familiares, que são nossos próximos mais próximos, nos oferecerem oportunidades todos os dias para esse exercício, pois é o que pedimos. Ao pedirmos que Deus nos dê paciência ele coloca em nosso caminho os exercícios para que consigamos desenvolver em nós essa paciência. Assim se dá com todas as virtudes que deveremos conquistar em nossas vidas. Por isso, o ideal é que fiquemos sempre atentos, pois não sabemos exatamente quando as oportunidades surgirão em nossas vidas.

Como podemos ver a vida de maneira mais simples?
MQ: Uma das maneiras mais eficientes para isso é entendermos que temos uma programação reencarnatória que fizemos do lado de lá. Nessa programação estão as linhas mestras do trabalho que termos que fazer para melhorar o Espírito que somos. Infelizmente quando chegamos por aqui, esquecemos de muitas coisas e mostramos ainda quem somos… quando nos lembramos e corrigimos a rota é sinal que estamos conscientes dessa programação e que estamos de acordo com ela para prosseguir adiante. Isso não quer dizer que não possamos modificar nossa programação, pois com a melhora nos vão sendo oferecidas novas oportunidades de aproveitamento e isso vale para todos os setores. De repente, nos qualificamos para sermos usufrutuários de extensa fortuna pelo nosso comportamento e retidão de caráter. A espiritualidade nos oferece essa oportunidade para que mostremos, realmente, que é possível ter dinheiro sem apego e utiliza-lo para oferecer melhores condições para a Humanidade, através do emprego correto dessa fortuna que, a princípio, não estaria em nossa trajetória.