"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


26 março 2013

Ponto de vista

Embora tenhamos a certeza de que este momento acontecerá, sempre pensamos em adiar a partida daqueles de que gostamos. O desencarne é uma experiência singular na vida de cada pessoa, tanto para quem vai para o plano espiritual quanto para quem fica no plano terreno.

A Doutrina Espírita explica que isso é uma passagem necessária para a depuração espiritual, a cada reencarnação é nos dada a oportunidade de expiar nossas faltas passando por provas. Porém sofremos, choramos, em alguns momentos ficamos revoltados e chegamos até a brigar com Deus.

 Isso acontece porque ainda pensamos na maior parte de nossas vidas como reencarnados e não como espíritos cuja terra natal é o plano espiritual. É fácil dizer isso, pois as letras resenhadas aqui são frias e não traduzem toda a complexidade dos sentimentos envolvidos no fenômeno.

Mas o Espiritismo mostra que aceitar o desencarne não é apenas o desapego ao materialismo, é algo maior. É ter fé que aquela criatura amada não deixou de existir, mas apenas foi existir em outro lugar. Também é prova de caridade, pois somente Deus sabe completamente das necessidades que nosso amigo tem. É claro que não podemos cobrar de nós mesmos uma serenidade igual a dos espíritos evoluídos diante deste momento, quando, por exemplo, ainda nem conseguimos deixar de resmungar quando somos contrariados.

A doutrina nos traz ferramentas para trabalhar essa aceitação. O conhecimento da existência de um plano espiritual em que fomos originados e para o qual iremos é uma delas. Podemos exercitar nosso pensamento de espírito mudando algumas de nossas atitudes mentais. O palestrante espírita Raul Teixeira sempre fala para pensarmos que não perdemos um amigo pela morte, mas sim que ganhamos um amigo desencarnado.

Em nenhum momento falamos em esquecer, mas sim aceitar, pois mesmo distantes pela carne ainda podemos nos corresponder pelos nossos laços de afeto em que vibram os nossos corações, aquela saudade gostosa sentida dos momentos bons é um sinal dessa correspondência. Basta orarmos e desejar as melhores energias possíveis para aqueles que retornam da jornada terrena.

Um comentário:

  1. Muito bom, um dos pilares da doutrina explicado de forma clara e objetiva para os que chegam com sede de saber mais sobre a doutrina. Parabéns amigo Juliano.

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