Nessa semana de homenagens fica clara a importância de Chico Xavier para o povo brasileiro, muito além dos limites do Espiritismo, como sugere o título desse post. E devemos relembrar que o candidato ao prêmio Nobel da Paz, teve toda sua vida pautada pelos princípios evangélicos mais elevados, preocupado sempre em consolar e vivenciar os princípios que pregava, e de educar para o infinito um povo tão carente de verdades .
Mais restritamente na Doutrina Espírita, Chico tem lugar de excepcional destaque, aqui e no exterior. Nem mesmo Kardec tem tanto alcance quanto Chico: aquele tem uma linguagem filosofica, mais pesada; este uma variedade literária rara, de poemas e contos a romances e mensagens de consolo, que embora densa, conquista o leitor na apresentação mais ou menos formal de seu conteúdo de acordo com a especificidade do público.
Nessa imensa obra, de cerca de 420 livros, e, segundo especulações mais recentes, que teria vendido mais de 50 milhões de exemplares, está toda a Codificação e todo o Evangelho comentados e acrescidos de importantes dados trazidos pelos benfeitores espirituais. É uma obra de caráter revelador, como médium algum produziu no século XX. Obra que se tornou altamente respeitada, dentro e fora do Espiritismo, e que é tomada com praticamente igual importância que a de Kardec. A fidedignidade com a tarefa espiritual, apesar de todos os contratempos que teve que enfrentar em sua vida, foi um fator que aumentou ainda mais a respeitabilidade pela obra de Chico.
Emmanuel, seu mentor espiritual, foi o grande respo nsável pelo caráter da obra de Xavier. Ele recomendou ao próprio médium que se ele, Emmanuel, alguma vez recomendasse ao médium algo que contrariasse o pensamento de Jesus ou Kardec, que Chico continuasse com Jesus e Kardec e procurasse esquecê-lo. Essa foi a tónica ao longo de mais de 70 anos de mediunidade: trabalho sério e disciplinado com Jesus e Kardec.
Chico foi um grande médium, mas sobretudo, um grande homem, que soube doar sua vida em favor do próximo, num exercício constante de amor e humildade. A veneração com que o tratamos aqui não visa colocá-lo em um altar reservados aos santos, mas à memória e a inspiração ao trabalho daqueles que acreditam ser possível transformar o mundo com base no amor.
Tudo que tem como propósito amor ao próximo tem verdades absolutas. Chico vivia , respirava amor.
ResponderExcluir