O aborto compreende um dos crimes mais graves perante a Lei Divina, pois que:
1)trata-se de um assassinato;
2) como agravante, um assassinato de um ser indefeso;
3) impossibilita a volta à lida carnal de um espírito necessitado de novas oportunidades de regeneração;
4) promove uma desencarnação violenta, aumentando ainda mais a perturbação do reencarnante.
Listamos acima apenas alguns poucos argumentos dentre a longa lista que poderíamos aqui registrar. Cumpre-se, no entanto, esclarecer a todos, com argumentos não apenas calcados em nossa moral espírita-cristã, que para nós deveria ser suficiente por si só, mas também fazer refletir àqueles ainda não tocados pela seriedade dessa problemática.
Em primeiro lugar, o feto constitui, desde a formação do zigoto, pela união do espermatozóide com o óvulo, um ser único no Universo. Embora formado por material genético do pai e da mãe, não é simplesmente mistura deles, mas uma combinação especial que o faz distinto dos dois, com um genoma inigualável, com potencialidades exclusivas a ele. Trata-se, portanto, ao se fazer um aborto, de se exterminar um ser único, colocando em extinção um singular projeto feito pela vida. Muitos aderem ao argumento de a mãe ter direito sobre o seu corpo para se poder decidir sobre o aborto. No entanto, foi a liberdade de decisão sobre o seu corpo que gerou a gravidez. Temos assim que prezar pela educação de impulsos, sexuais num primeiro momento e homicidas no segundo, quando da gravidez indesejada. Mas perguntamos também: e o direito do pai? Estando ele implicado no problema não poderia optar pelo aborto também? No entanto o que se vê muitas vezes é a exploração da gravidez com fins econômicos nesse caso para extorção do pai... Vemos que o problema não é só se a mulher tem direito de decidir, mas se alguém mais também tem esse direito, o que criaria distorções que facilmente nos fariam ver o absurdo que é a opção pelo aborto, uma vez que se o pai quisesse, ou responsáveis no caso de uma menor, o aborto se daria pelos mais simples caprichos, com a diferença de não serem apenas os caprichos da mãe. Não isentamos a responsabilidade do genitor, que está tão implicado com o problema quanto a mãe, mas por esta ser o último reduto defensor da vida em seu vaso sagrado a temos em tanto destaque aqui. Mesmo em caso de estupro, embora amparado por Lei humana, devemos ter em mente que um crime não justifica outro, conforme vimos explicitando. A justiça deve se fazer no sentido de punir ao infrator, não punindo a criança vindoura.
Outro argumento usado para escusar o aborto no início da gestação é a ausência de sistema nervoso central no feto, que começa a se formar a partir da 9 semana de gestação. Entretanto, estudos recentes feitos na Universidade Maryland, detectaram a presença de neuropeptídeos diversos, proteínas com função mediadora neuro-humoral primitiva, nas primeiras semanas de vida (detectados, talvez esses peptídeos estejam presentes a mais tempo, mais precocemente na gestação). Logo, como poderemos garantir que o feto não sente? Será que não tem mesmo consciência, ainda que em nível primitivo? Vemos a Ciência nos alertando de possíveis abusos de nossa parte ao pensarmos tão arbitrariamente que o início do sentir do feto seja exclusivamente coincidente com o advento do encéfalo...
O argumento biológico usado para justificar o aborto de que em outras comunidades animais existem abortos quando em condições especiais de seca, fome e outras também não se sustenta. Essas situações são excepcionais e não constituem a regra. Sem falarmos na diferença intelectual, com o nosso senso moral e espiritual que nos impele a um exame mais cuidadoso da questão. O argumento biológico esvanece-se quando vemos gestações serem completadas mesmo quando patologias maternas impõem-se avassaladoras. E citamos ainda o fenômeno de imunotolerância da mãe para com o feto, acordo tácito para a manutenção do embrião dentro do corpo materno. Logo, temos todos os impulsos biológicos propelindo a gestação adiante com a formação de um novo ser.
Vemos também tanto esforço a se salvarem espécies animais em risco de extinção e mesmo assim negligenciamos a salvaguarda de nossa própria espécie (conquanto seja justa e necessária a luta pela preservação e diversidade da vida em todos os sentidos, objetivo primordial desse texto). Valorizar a vida e nos responsabilizarmos pelas nossas ações, eis o grande desafio a que todos querem fugir na opção do infanticídio, pois seja como zigoto, como um embrião de 8 semanas, um feto de 30 semanas, uma criança de 2 anos ou um adulto, todos constituem um continuum de vida de cuja desencarnação provocada constitui falta grave.
E as responsabilidades se desdobram, espiritualmente, muito além do que imaginamos.
Reflitamos, pois, nessas palavras de Divaldo Pereira Franco sobre o aborto:
"O aborto impede a reencarnação, adiando-a, porque aquele filho que nós expulsamos pela interrupção no corpo, voltará até nós, quiçá, em um corpo estranho, que foi recolhido por um ato de sexualidade irreverente; por uma concepção de natureza inditosa, volverá até nós, na condição de alguém deserdado, não raro, como um delinquente... Os filhos que não aceitamos no lar, penetrarão um dia pela janela da nossa casa na roupagem de um menor de conduta anti-social. Será o portador, talvez, de tóxicos para o nosso filho ou para a nossa filha. Aquele que expulsamos do nosso regaço voltará, porque ele não pode ser punido pela nossa leviandade, mas nós seremos justiçados na nossa irreflexão, através das Leis Soberanas da Vida".
Divaldo Pereira Franco
Bibliografia
1. O que dizem os Espíritos sobre o aborto. Autores Diversos. Editora FEB
2. Medicina, Espiritismo e Questões Bioéticas. Marlene S. R. Nobre. DVD lançado pela FEB
3. Vida e Sexo. Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier. Editora FEB
4. Apostila "Subsídios para reuniões e encontros de pais". Editora FEB.
1)trata-se de um assassinato;
2) como agravante, um assassinato de um ser indefeso;
3) impossibilita a volta à lida carnal de um espírito necessitado de novas oportunidades de regeneração;
4) promove uma desencarnação violenta, aumentando ainda mais a perturbação do reencarnante.
Listamos acima apenas alguns poucos argumentos dentre a longa lista que poderíamos aqui registrar. Cumpre-se, no entanto, esclarecer a todos, com argumentos não apenas calcados em nossa moral espírita-cristã, que para nós deveria ser suficiente por si só, mas também fazer refletir àqueles ainda não tocados pela seriedade dessa problemática.
Em primeiro lugar, o feto constitui, desde a formação do zigoto, pela união do espermatozóide com o óvulo, um ser único no Universo. Embora formado por material genético do pai e da mãe, não é simplesmente mistura deles, mas uma combinação especial que o faz distinto dos dois, com um genoma inigualável, com potencialidades exclusivas a ele. Trata-se, portanto, ao se fazer um aborto, de se exterminar um ser único, colocando em extinção um singular projeto feito pela vida. Muitos aderem ao argumento de a mãe ter direito sobre o seu corpo para se poder decidir sobre o aborto. No entanto, foi a liberdade de decisão sobre o seu corpo que gerou a gravidez. Temos assim que prezar pela educação de impulsos, sexuais num primeiro momento e homicidas no segundo, quando da gravidez indesejada. Mas perguntamos também: e o direito do pai? Estando ele implicado no problema não poderia optar pelo aborto também? No entanto o que se vê muitas vezes é a exploração da gravidez com fins econômicos nesse caso para extorção do pai... Vemos que o problema não é só se a mulher tem direito de decidir, mas se alguém mais também tem esse direito, o que criaria distorções que facilmente nos fariam ver o absurdo que é a opção pelo aborto, uma vez que se o pai quisesse, ou responsáveis no caso de uma menor, o aborto se daria pelos mais simples caprichos, com a diferença de não serem apenas os caprichos da mãe. Não isentamos a responsabilidade do genitor, que está tão implicado com o problema quanto a mãe, mas por esta ser o último reduto defensor da vida em seu vaso sagrado a temos em tanto destaque aqui. Mesmo em caso de estupro, embora amparado por Lei humana, devemos ter em mente que um crime não justifica outro, conforme vimos explicitando. A justiça deve se fazer no sentido de punir ao infrator, não punindo a criança vindoura.
Outro argumento usado para escusar o aborto no início da gestação é a ausência de sistema nervoso central no feto, que começa a se formar a partir da 9 semana de gestação. Entretanto, estudos recentes feitos na Universidade Maryland, detectaram a presença de neuropeptídeos diversos, proteínas com função mediadora neuro-humoral primitiva, nas primeiras semanas de vida (detectados, talvez esses peptídeos estejam presentes a mais tempo, mais precocemente na gestação). Logo, como poderemos garantir que o feto não sente? Será que não tem mesmo consciência, ainda que em nível primitivo? Vemos a Ciência nos alertando de possíveis abusos de nossa parte ao pensarmos tão arbitrariamente que o início do sentir do feto seja exclusivamente coincidente com o advento do encéfalo...
O argumento biológico usado para justificar o aborto de que em outras comunidades animais existem abortos quando em condições especiais de seca, fome e outras também não se sustenta. Essas situações são excepcionais e não constituem a regra. Sem falarmos na diferença intelectual, com o nosso senso moral e espiritual que nos impele a um exame mais cuidadoso da questão. O argumento biológico esvanece-se quando vemos gestações serem completadas mesmo quando patologias maternas impõem-se avassaladoras. E citamos ainda o fenômeno de imunotolerância da mãe para com o feto, acordo tácito para a manutenção do embrião dentro do corpo materno. Logo, temos todos os impulsos biológicos propelindo a gestação adiante com a formação de um novo ser.
Vemos também tanto esforço a se salvarem espécies animais em risco de extinção e mesmo assim negligenciamos a salvaguarda de nossa própria espécie (conquanto seja justa e necessária a luta pela preservação e diversidade da vida em todos os sentidos, objetivo primordial desse texto). Valorizar a vida e nos responsabilizarmos pelas nossas ações, eis o grande desafio a que todos querem fugir na opção do infanticídio, pois seja como zigoto, como um embrião de 8 semanas, um feto de 30 semanas, uma criança de 2 anos ou um adulto, todos constituem um continuum de vida de cuja desencarnação provocada constitui falta grave.
E as responsabilidades se desdobram, espiritualmente, muito além do que imaginamos.
Reflitamos, pois, nessas palavras de Divaldo Pereira Franco sobre o aborto:
"O aborto impede a reencarnação, adiando-a, porque aquele filho que nós expulsamos pela interrupção no corpo, voltará até nós, quiçá, em um corpo estranho, que foi recolhido por um ato de sexualidade irreverente; por uma concepção de natureza inditosa, volverá até nós, na condição de alguém deserdado, não raro, como um delinquente... Os filhos que não aceitamos no lar, penetrarão um dia pela janela da nossa casa na roupagem de um menor de conduta anti-social. Será o portador, talvez, de tóxicos para o nosso filho ou para a nossa filha. Aquele que expulsamos do nosso regaço voltará, porque ele não pode ser punido pela nossa leviandade, mas nós seremos justiçados na nossa irreflexão, através das Leis Soberanas da Vida".
Divaldo Pereira Franco
Bibliografia
1. O que dizem os Espíritos sobre o aborto. Autores Diversos. Editora FEB
2. Medicina, Espiritismo e Questões Bioéticas. Marlene S. R. Nobre. DVD lançado pela FEB
3. Vida e Sexo. Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier. Editora FEB