3 Congresso Espírita Brasileiro

O 3 Congresso Brasilero Espírita, celebrando o Centenário de Chico Xavier, realizado entre os dias 16 a 18 de abril últimos, foi sucesso absoluto de público e contou ainda com ampla divulgação na mídia como mostram os vídeos abaixo. Segundo a organização, cerca de 12000 pessoas participaram do Congresso in loco, além de 10 milhões de espectadores em todo mundo que puderam acompanhar via satélite ou internet a transmissão do evento.

À Caminho da Luz

Eis aqui uma obra surpreendente de Emmanuel, que almeja contar os bastidores da História da Humanidade, na antecâmara do corpo, no Plano Espiritual, ao longo de seus milênios de evolução neste orbe. O livro trata desde a migração de espíritos degredados de Capela (que gerou outro livro, de Edgard Armond, "Os Exilados de Capela") e raças atlantes, até os grandes momentos de nossa história moderna, como a escalada de Napoleão ao poder.

É a história inteira da Humanidade contada de forma muito próxima, quase testemunhal. É uma obra reveladora, mas sem afetações, com uma linguagem simples e cobrindo todos os eventos mais conhecidos por nós quando de nossas aulas de História.

É interessante notar ainda a dinâmica de processos reencarnatórios e o choque dos planos traçados e o que efetivamente fazemos na Terra. O próprio Napoleão, segundo o livro, viria com especial missão, mas acabou se enveredando em interesses muito diversos daqueles inicialmente assumidos no mundo espiritual... Aliás, em vários momentos do livro vemos como é frequente essa situação, e chega a dar um peso de consciencia ao refletirmos sobre a nossa responsabilidade direta pelo atraso da Humanidade - nós, que em diversas oportunidades sabotamos nossos próprios planos de regeneração, atrasando a marcha coletiva.

Uma leitura altamente recomendada a todos que tentam entender os trâmites da Justiça Divina  e a importância do trabalho humano no esforço da própria iluminação.

Muitos amigos...

Gostaríamos de agradecer a todos os amigos de vários cantos do Brasil e do mundo pelas visitas ao blog, que diante do Centenário de Chico Xavier, nos deram o prazer de sua visita em nossas ligeiras linhas, escritas nos intervalos dos trabalhos de nosso dia-a-dia. A todos que tem entrado no blog, deixamos nosso abraço sincero e o pedido para que nos auxiliem com suas sugestões e críticas nos comentários. Muito obrigado por fazerem parte de nossas vidas...

(PS: não tive como não colocar a bela foto acima coroada pela profundidade da observação aristotélica...rs)

Arquivos espíritas

Coloco nos links à direita um atalho para o site 4shared com uma bela coleção de livros e audiobooks para consulta - lembrando que tais arquivos são protegidos e devem ser excluídos após 24 horas. livrariaespirita.4shared.com

Globo News Especial

Mais um vídeo veiculado pelo canal Globo News. Traz entrevista histórica com o médiuns e relatos de intrigantes fenômenos...

 

ANÁLISE: Chico Xavier - O Filme

Finalmente pude assistir ao aguardado filme sobre Chico Xavier, lançado na última sexta, 2 de abril. O longa acaba de bater recorde de estréia de público para o cinema nacional - cerca de 600 mil espectadores apenas no fim de semana. Daniel Filho, que estava cauteloso quanto a possíveis 1 milhão a 1,5 milhão de espectadores, hoje deve desconfiar, como os especialistas, que o número final de espectadores fique entre 4 e 5 milhões de pessoas.

Negócios à parte, deixo abaixo minhas impressões sobre o filme. Aqueles que já tiverem assistido, deixem seus comentários e opiniões.

A HISTÓRIA

O filme é baseado no livro "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior, biografia de grande sucesso e de cunho jornalístico (existem muitas biografias dos próprios espíritas sobre Chico), que abrange toda a vida do médium. Num filme de 2 horas fica muito difícil mostrar com miudezas toda a extensão do livro, e, já no início do filme, o diretor meio que se desculpa por isso, registrando numa frase que é impossível mostrar todos os fatos da vida de um homem, mas é possível relatar sua trajetória.

E esta se inicia de modo muito original: a partir do programa Pinga-Fogo do qual Chico participou, o diretor faz digressões para diversos períodos de sua vida, daí sim, de maneira mais ou menos cronológica. Para quem é espírita e identifica desde logo seus principais personagens, é emocionante ver a aparição de Emmanuel e o desenrolar da história; para quem não é, fica uma solução satisfatória, que ao mesmo tempo aumenta a curiosidade sobre o que virá quanto introduz os principais personagens e fatos de modo bem conduzido.

Em tempo, quanto a história, talvez alguns confrades que conheçam melhor a história de Chico e do programa, verão diversas imprecisões de diálogos e nomes - quase todos no que diz respeito ao Pinga-Fogo - adaptando de forma meio novelesca algo que era simplesmente perfeito da forma original. Um sacrifício para tentar adaptar uma mídia a outra - do livro para o cinema.

OS ATORES

As atuações estão impecáveis. Embora Nelson Xavier faça o Chico na fase mais avançada da vida, mais conhecido do grande público, pra mim foi Angelo Antonio quem realmente fez Chico Xavier entrar em cena, com o olhar, o tom de voz e a aparencia. Nelson também está ótimo, mas a surpresa ficou por conta do Chico adulto jovem. O menino Matheus Costa também cumpre bem seu papel. A história do avião, que também faz parte do filme, retrata a história com fidedignidade, mas a atuação de Nelson nesse momento foi um tanto artificial, mostrando mais um ataque histérico do que de pânico...

O segundo núcleo da história, em torno do casal que perde um filho e busca ajuda de Chico, interpretados por Tony Ramos e Cristiane Torloni é de tirar o fólego. A atuação deles é realmente notável, digna dos melhores momentos do cinema nacional. A atuação deles é tão intensa que quasem desbancam o personagem principal - motivo talvez porque alguns críticos tenham dito que o filme retrate Chico de forma superficial, o que é realmente de se pensar diante da complexidade dos personagens do casal Ramos e Torloni.

A ATMOSFERA

O filme é um drama. Ninguem vá ao cinema como eu esperando duas horas de homenagens a Chico. Não. Fui surpreendido pelo clima tenso que o Chico menino viveu, que dá mesmo uma angústia kafkiana diante da porta do mundo invísivel, em que personagens bons e maus, ora de lá, ora de cá, transitam livremente. Belas tomadas e angulos de câmera aumentam o efeito da história sobre o espectador.

Os diálogos são ágeis e inteligentes, razoavelmente fiéis ao médium (com a salva já feita) com pitadas comicas que dão a dimensão humana de Chico. A questão da peruca e da sexualidade é abordada com o bom humor típico do grande Chico.

Mas para mim, as aparições de Emmanuel foram as mais emocionantes. Ele cadencia o filme, aparece em momentos chave e dá até um senso de continuidade nos laços às vezes frágeis que unem períodos tão diferentes da vida do médium. A cena final do querido Mentor com Chico - mas não vou contar - é simples e quase piegas, mas tão carregada de amor e amizade, que me emocionou de forma serena e profunda diante da grandeza das obras que o Amor pode construir.´

RESUMINDO: assistam ao filme. Não irão se arrepender....