"O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração"
Emmanuel


16 dezembro 2009

Homenagem a Chico Xavier

Belo vídeo que encontrei no Youtube homenageando o nosso Chico Xavier. Jesus, Mediunidade e Caridade.
Muitas saudades, Chico!...

11 dezembro 2009

Memória celular

Este post foi retirado do site Saindo da Matrix e é de autoria do criador do site, o Acid. Já tinha postado ele em um blog que eu mantinha no ano passado, com autorização do Acid, e resolvi postar aqui também.

Semana passada, um americano que havia recebido há 13 anos o coração de um suicida em um transplante se matou da mesma forma que seu doador. Além do que, 1 ano depois do transplante, ele já havia procurado a família do doador para agradecer pelo órgão e acabou se envolvendo (e casando!) com a viúva do antigo dono do coração!

Isso nos dá realmente o que pensar. Afinal, não é o primeiro caso.

"Nunca vou esquecer o dia em que recebi aquele telefonema. Eu fui a primeira pessoa a quem mamãe ligou. Ela me disse: como é que ele foi capaz de se matar? Fizemos uma reunião de família e meu irmão falou: vamos doar todos os órgãos dele", conta a irmã do jovem Howie.

O fígado de Howie foi doado para Debbie Véga. "Naquele dia eu estava muito doente, e podia até ter entrado em coma se não tivesse recebido aquele fígado a tempo", diz Debbie.

A história ocorreu nos Estados Unidos. A operação foi um sucesso, mas logo depois coisas estranhas começaram a acontecer com a mulher que recebeu o fígado no transplante:
- "Dois dias depois do transplante, eu pedi ao meu marido: compre amendoim, compre salgadinho de queijo para mim. Só que eu nunca gostei de comer isso. Passei três ou quatro meses comendo essas coisas, sem parar. Aí comecei a fantasiar: será que era isso que o doador gostava de comer?"

Debbie voltou ao hospital para tentar conseguir informações sobre o doador. Ela perguntou a uma enfermeira: é um homem? Uma mulher? A enfermeira respondeu: é um garoto. Só disse isso. Houve outra mudança nos hábitos de Debbie depois do transplante: ela começou a praticar luta. Ela pensou: será que o doador gostava de lutar? Dois anos depois da operação, ela finalmente conheceu a família do doador. As irmãs do jovem confirmaram: sim, ele gostava de lutar, e dava chutes iguais ao dela.
- "Parece que é ele usando o corpo dela. É como se ele quisesse provar a todo mundo que continua vivo", diz a irmã.

Casos como esse são pesquisados pelo doutor Gary Schwartz, um professor de medicina da Universidade do Arizona. Ele diz:
- "Explicações meramente biológicas são insuficientes para entender esses fatos bizarros. Essas memórias dos transplantados sugerem a possibilidade de continuidade da consciência mesmo depois da morte".
Os céticos dizem que essas memórias são simples coincidências, ou talvez efeitos colaterais dos medicamentos que os pacientes devem tomar depois da cirurgia. Mas como explicar uma outra história contada por Debbie?
- "Assim que acordei da cirurgia, lembrei de uma coisa que parecia um sonho: vi uma cena, um rapaz, uma moça de aparência latina. Ela usava uma blusa listrada".
A irmã comenta:
- "Isso me assustou, porque o meu irmão se matou na frente da namorada. Ela foi a última pessoa que ele viu: naquele dia, ela estava mesmo de blusa listrada".

O doutor diz que um dos casos mais fascinantes que estudou foi o de um jovem de 17 anos, um violinista, assassinado na rua. Seu coração foi transplantado para um homem de 47 anos, que, de repente, se apaixonou por música clássica. Passou a ouvir música clássica por horas e horas e disse que aquelas melodias comoviam seu coração. O problema do doutor Schwartz é demonstrar que células e órgãos podem guardar e transmitir algum tipo de memória. Mas ele acredita que existe uma espécie de energia que circula pelo corpo e leva informação a todas as células. É uma energia que teria origem no coração e estaria relacionada com nossas emoções.
- "Emoção é energia em movimento, ela pode estabelecer ligações biofísicas", defende o controvertido pesquisador.


Em uma ótima entrevista à Revista Planeta, o Dr. Paul Pearsall nos fala que as células têm memória e que o coração carrega um código energético especial, que nos conecta com os demais seres humanos e com o mundo à nossa volta. De certa maneira, sua teoria explica por que muitos transplantados passam a manifestar traços da personalidade do doador. Segundo Pearsall, "o fato de que as células têm memória é uma lei básica da natureza. Mesmo os mais simples organismos unicelulares lembram como se movimentar, encontrar alimento, fazer sexo e evitar os predadores. Os cientistas chamam isso de memória da função, mas, se uma célula pode lembrar, é bem provável que muitas células juntas poderiam ter memórias mais complexas e elaboradas. As células do coração são as únicas células rítmicas. Elas pulsam mesmo quando estão fora do corpo, e quando colocadas próximas a outras células do coração, se comunicam entre si e entram juntas numa batida rítmica. As células do coração retiradas por biópsia de um paciente e colocadas num prato de laboratório vibraram mais rápido quando seu doador estava sendo testado numa esteira ergométrica, num aposento no fim do corredor, bem distante do lugar onde suas células estavam sendo observadas. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, transferiram as memórias de vermes. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia mostraram que um único elétron podia alterar as memórias de nossos genes. Existem dezenas de fascinantes descobertas em pesquisas que indicam o princípio de que estamos ligados de uma maneira que ainda não entendemos."

O coração é muito mais do que um mecanismo bombeador. Ele não está a serviço do cérebro, mas é um parceiro para formar com ele nossa organização interna de manutenção da saúde
(Paul Pearsall)
A medicina chinesa já sabia disso há alguns milhares de anos. Segundo eles, o coração é responsável por controlar o sangue, os vasos sanguíneos e a mente. Isso mesmo. Não só a atividade mental, como a consciência, ou, como eles chamam, "dotar a mente de tesouro". Quando há Ki/Qui (energia vital) em abundância no coração, isso se reflete no rosto, que possui muitos vasos sanguíneos. Um rosto brilhante e rosado revela uma pessoa sã, enquanto um rosto obscuro ou azul-purpúreo indica deficiência de Ki ou estagnação do sangue no coração.

Mas poderia um distúrbio mental afetar de forma irreversível a memória celular do coração? Vejamos o que diz o espiritismo, no capítulo 18 do livro de André Luiz (Psicografado por Chico Xavier) Missionários da Luz, que trata de obsessão e seus efeitos no organismo:

A jovem que reagia contra o assédio das sombras demonstrava normalidade física razoável. Parecia alguém que fazia todos os esforços para defender o equilíbrio da própria casa. No entanto, os outros apresentavam lamentáveis condições orgânicas. A mulher possuída tinha sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, apresentando completo desequilíbrio da sensibilidade, além de grave descontrole das fibras motoras. Esses desequilíbrios não se limitavam apenas ao sistema nervoso, mas atingiam também as glândulas e demais órgãos em geral.
(...)
Percebendo que Alexandre estava mais disponível, comentei o que havia observado, perguntando, em seguida:
- Tendo em vista os desequilíbrios físicos que pude verificar nos assistidos, podemos considerá-los como doentes do corpo também?
- Com certeza – afirmou Alexandre -, o desequilíbrio da mente pode causar perturbação geral do corpo físico. É por isso que as obsessões, quase sempre, vêm acompanhadas de aspectos muito complicados. As perturbações da alma levam às doenças do corpo.
- Mas e se conseguíssemos afastar os obsessores definitivamente? Como ex-médico encarnado, vejo que estes doentes psíquicos não têm as doenças restritas à mente. Com exceção da jovem mais forte, os outros apresentam estranhos desequilíbrios do sistema nervoso, com distúrbios no coração, fígado, rins e pulmões. Digamos que conseguíssemos fazer com que os obsessores desistissem de seu intento. Os obsidiados teriam de volta o equilíbrio físico, retomando a saúde plena?
Alexandre pensou um pouco, antes de responder, e disse:
- André, o corpo físico é como um violino que se entrega ao músico, que, nesse caso, é o espírito encarnado. É indispensável preservar o instrumento das pragas e defendê-lo de ladrões. (...) O violino simbólico de que falamos, quando entregue às forças do mal, pode ficar parcialmente destruído. E, mesmo que seja devolvido ao verdadeiro dono, pode não ter mais a qualidade que tinha antes. Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não poderá ser ouvido com as cordas arrebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complicações naturais e, para solucioná-los, não podemos dispensar a colaboração direta dos próprios interessados, os obsidiados.
- Entendo! Mas, suponhamos que os obsessores mudem de idéia e se afastem definitivamente do mal, depois de atacarem o corpo dos obsidiados durante longo tempo... Nesse caso, esses obsidiados não se recuperariam imediatamente? Não teriam a saúde completa novamente?
Com a paciência que lhe é peculiar, Alexandre respondeu:
- Já vi casos assim e, quando acontecem, os antigos perseguidores se transformam em amigos, ansiosos por reparar o mal praticado. Às vezes, com a ajuda dos planos superiores, conseguem a recuperação física plena daqueles que sofreram os seus ataques desumanos. No entanto, na maioria dos casos, os obsidiados não conseguem mais recuperar o equilíbrio do corpo físico.
- E vão com a saúde comprometida até a morte? – perguntei, muito impressionado.
- Sim – respondeu Alexandre, tranqüilamente.

Referência: Tratado de Medicina Chinesa (Ed. Roca);
Documentário "Transplante de Memórias", do Discovery Home and Health;
Paul Pearsall - Memória das Células (Ed. Mercuryo)

09 dezembro 2009

Diante do madeiro



Ante a cruz infamante me prosterno
E contemplo-te, oh! Cristo, os membros lassos,
O duro lenho que te prende os braços,
Abre-te em sangue o coração fraterno.

Fitas o olhar de luz, dorido e terno,
Na cerúlea beleza dos Espaços,
Enquanto os homens, lúbricos e crassos,
Trazem ao monte o cavernoso inferno.

Rei prostrado ante horrenda lança em riste,
Pende-te a fronte dolorosa e triste,
Sob a traição cruel dos teus mordomos...

E choro e grito amargamente, a esmo,
Carregando, enojado de mim mesmo,
A vergonha dos Judas que ainda somos.

AUGUSTO DOS ANJOS

(Psicografado por Francisco Cândido Xavier, in "Nosso Livro", LAKE editora)

05 dezembro 2009

Que pedes?









 "Louco, esta noite te pedirão a tua alma."
JESUS, Lucas 12:20






Que pedes à vida?

Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.

Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.

Os vaidosos reclamam louvores.

Os invejosos exigem as compensações que lhes não cabem.

Os despeitados solicitam considerações indébitas.

Os ociosos pedem prosperidade sem esforço.

Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.

Os revoltados clamam por direito sem deveres.

Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.

Os impacientes solicitam realizações sem bases.

Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.

Essencialmente considerando, porém, tudo isso é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou
exclusivamente à posse efêmera das cousas mutáveis.

Vigia, pois, cuidadosamente, o plano dos teus desejos.

Que pedes à vida?

Não esqueças de que, talvez esta noite, pedirá o Senhor a tua alma.

EMMANUEL

(Psicografado por Francisco Candido Xavier, in "Nosso Livro", LAKE editora.)

04 dezembro 2009

Link TVCEI

Postamos na guia ao lado o link da TV CEI - webtv espírita mantida pelo Conselho Espírita Internacional - com programação 24 horas por dia, com programação de alta qualidade doutrinária. Encontramos em sua programação diária, entrevistas e palestras com Divaldo Franco, Raul Teixeira, Richard Simonetti, Marlene Nobre e vários intelectuais espíritas, além de registros de Chico Xavier. A variedade de conteúdos, arte, literatura, cinema, palestras, entrevistas e documentários atingem a todos os tipos de público e provê grande enriquecimento cultural e doutrinário.

03 dezembro 2009

Desenvolvimento mediúnico

 Todos possuímos algum grau de mediunidade, que se caracteriza pelo registro de entidades desencarnadas. Alguns sentem um arrepio, um formigamento; outros sonham vividamente com seres extra-físicos; outros podem ver esses mesmos seres e, não raro, alguns se comunam tão intimamente das idéias desses espíritos por sua aproximação que dão passividade a suas idéias, palavras e até mesmo feições faciais e voz, a chamada psicofonia (ou "incorporação", termo mais popularmente usado, embora incorra num erro conceitual, uma vez que o comunicante não toma o corpo do médium, mas faz ligações fluídicas em pontos sensíveis de seu perispírito).

Dito isto, como a mediunidade se apresenta em seus primórdios? É possível desenvolvê-la? Constitui prova ou privilégio? Tentaremos modestamente abordar essas questões nos próximos parágrafos.

A eclosão da mediunidade pode se dar de diversas maneiras. Em grande parte, o médium, geralmente desconhecedor da Doutrina ou do que seja mediunidade, sofre grandes transtornos pelo desequilíbrio em que se encontra ao vivenciar fatos espirituais e impressões que o levam a pensar estar enlouquecendo. Em outros, ela se dá de maneira gradual, na medida em que novos conhecimentos se somam e o médium em gérmen começa a dilatar suas potencialidades até tomar parte do serviço mediúnico de forma completa. A associação com a loucura, conforme falamos há pouco, é complexa, e preconceitos de diversos tipos com a mediunidade, mormente em religiões pentecostais (embora eles mesmos doutrinem espíritos e permitam uma série de manifestações, chamando-os de "demônios") nada ajuda a resolver a síndrome mediúnica de eclosão, e nenhum esclarecimento ou consolo traz ao candidato a colaborador do plano espiritual.

Mas quem consegue desenvolver ou possuir, ainda que em gérmen, tal faculdade? Kardec, nO Livro dos Médiuns, foi enfático ao descrever tal faculdade como orgânica, intrínseca a determinada conformação somática. Essa tese foi desenvolvida por André Luiz, que inclusive situou o centro da mediunidade nas atividades da glândula pineal, reforçando ainda mais o postulado kardequiano. Alguns autores, entretanto, sustentam que a faculdade possui além do caráter orgânico inerente, uma estreita relação com o desenvolvimento moral da criatura. Esta, à medida que se espiritualiza, passa a perceber vibrações mais sutis, condizentes com as suas, e registra, então, impressões do plano espiritual. Uma objeção facilmente seria feita ao vermos tantas pessoas estranhas ao Espiritismo e, muitas vezes, com condutas moralmente inaceitáveis desenvolverem tais aptidões. Isso porque a mediunidade constitui para tais criaturas situação de prova ou expiação, em que foi outorgado a eles esse instrumento de trabalho para que se melhorassem contribuindo na melhora dos outros com a mediunidade. Para outros, mais conscientes de suas tarefas, a mediunidade vem mais branda, de forma mais natural, conforme compromisso assumido no plano espiritual.

A questão é complexa e é difícil na prática tomarmos as coisas de forma tão absoluta, por um outro ponto de vista. Raciocinemos: o corpo é o grande responsável pela manifestação mediúnica; mas este mesmo corpo está subordinado em sua formação às características intrínsecas de seu perispírito, chamado por alguns mais modernamente como Modelo Organizador Biológico (MOB), que é mais ou menos depurado segundo o grau de adiantamento moral do espírito reencarnante. Ou seja, indiretamente a evolução do Espírito interfere no processo de formação de seu corpo, e conseguintemente, das condições de suas futuras potencialidades mediúnicas. O que extrapolamos disso é que a faculdade é sim orgânica, mas sua gênese está também atrelada ao adiantamento do próprio Espírito, e, assim, notamos que a moral pode atuar positivamente na mediunidade, mas que ela dependerá exclusivamente das condições físicas que o corpo dispuser para sua manifestação.

O que acima denominei "desenvolvimento mediúnico" seria mais apropriadamente chamado "educação mediúnica". Seria o processo de se aperceber de suas capacidades extra-sensoriais e utilizá-las de modo útil no contanto com os desencarnados. No entanto, além das melhores disposições é necessário muito estudo e um grupo coeso de estudos com o amparo dos Protetores Espirituais para um melhor aproveitamento. Desse modo, é possível educar essa capacidade, otimizando sua manifestação, exercendo-a de forma segura, sem interferências das trevas, e tornando-se cada vez mais intermediário fiel do Além.

Mas vale ressaltar aqui a declaração inicial de todos podermos registrar de alguma forma a presença de desencarnados, que a mediunidade não é privilégio, mas acréscimo de responsabilidade no trabalho no Bem, sobre todos no planeta, ilustrando as palavras do Mestre Jesus: "Nos últimos tempos, diz o Senhor, difundirei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias, difundirei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão." (Atos, 2:17 e 18)

Bibliografia
1. O Livro dos Médiuns, por Allan Kardec, Editoras LAKE, FEB, IDE, BOA NOVA
2. Missionários da Luz, André Luiz (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier, FEB editora.
3. Evolução em Dois Mundos, André Luiz (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, FEB editora.
4. Mediunidade, Edgard Armond. Aliança Editora.
5. O Evangelho Segundo o Espiritismo, por Allan Kardec. Editoras LAKE, FEB, IDE, BOA NOVA
6. Curso de Educação Mediúnica. Autores Diversos. FEESP Editora